Documentos publicados pelo Wikileaks revelaram

A farsa de Tiananmen

O suposto massacre na Praça Tiananmen, em 1989, nunca ocorreu, confirmam documentos secretos da embaixada dos EUA em Pequim, divulgados pelo Wikileaks. As informações publicadas pelo jornalista Malcolm Moore em exclusivo no Daily Telegraph atestam a versão defendida pelo governo chinês quanto ao factos ocorridos na Praça, a 4 de Junho daquele ano.

No artigo, Moore revela que a representação diplomática norte-americana se encontrava ao corrente de que confrontos podiam estar iminentes em Pequim, mas que quando os soldados entraram em Tiananmen não transportavam armas e nenhum tiro foi disparado contra os participantes no protesto. Estes terão, inclusivamente, acedido em abandonar o local pacificamente após alegada intervenção de Liu Xiaobo, agraciado em 2010 com o Prémio Nobel da Paz.

Estes últimos factos foram presenciados por um diplomata chileno que se mantinha em comunicação com a embaixada dos EUA e às ordens desta. O seu testemunho consta de um dos textos nos quais se baseia o jornalista do diário britânico.

O artigo do Telegraph recupera igualmente a confissão, feita em 2009, pelo então correspondente da BBC na capital da China. James Miles admite que «transmitiu a impressão errada» e que «não houve massacre na Praça Tiananmen».

Ainda segundo os documentos do Wikileaks, a alegada repressão dos manifestantes terá ocorrido no centro de Pequim mas nas últimas semanas de Maio e na noite anterior à evacuação de Tiananmen, e isto quando as autoridades terão supostamente tentado desmobilizar as barricadas que impediam o acesso à Praça. Estas informações provêm, no entanto, de uma fonte anónima citada pelo consulado dos EUA em Shenyang. Pelo contrário, na desmobilização negociada e ordeira de Tiananmen terá estado o laureado Liu Xiaobo, afirma-se no Daily Telegraph.

Recorde-se que, de acordo com o professor Domenico Losurdo, Xiaobo defendia, em 1988, que a China necessitava de outros 300 anos de dominação colonial e de um agressivo programa de privatizações para se tornar um país decente.

Estas convicções foram expressas pelo agora Nobel da Paz em entrevista ao South China Morning Post, e, segundo Losurdo num artigo datado de 2010, Xiaobo mantém, no fundamental, as suas teses para uma China democrática.



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