Sempre com a juventude
No dia 10 de Novembro, a JCP comemorou mais um aniversário. São 32 anos da organização revolucionária da juventude portuguesa, que tem um historial de intervenção na denúncia de problemas, de afirmação de direitos, de dinamização e estímulo para a luta organizada.
Este é um contexto político muito difícil para a juventude
«Afirmação e intervenção no sentido de alcançar uma alternativa política, uma sociedade onde os jovens vejam assegurados os seus anseios e aspirações, o que só se concretizará sem a exploração do homem pelo homem, sem a opressão, com a igualdade de direitos, com o socialismo rumo ao comunismo», refere o Secretariado da Direcção Nacional da JCP, que, em nota à comunicação social, salienta que comemorar «mais um aniversário» é, simultaneamente, «homenagear os milhares de jovens comunistas que desde 1921 se organizaram na Juventude Comunista (JC), na Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas (FJCP), na União de Estudantes Comunistas (UEC), na União da Juventude Comunista (UJC) e também todos aqueles que se empenharam em várias estruturas unitárias de juventude como o MUD juvenil e o MJT».
Aproveitando o momento de aniversário, a JCP prometeu ainda continuar a lutar ao lado da juventude portuguesa, na defesa dos seus direitos, como fez ao longo da sua história, com dedicação e grande trabalho colectivo.
«Este é um contexto político muito difícil para a juventude, em que os seus direitos foram sendo cada vez mais atacados pelos sucessivos governos do PS e do PSD, com ou sem CDS, com especial ênfase para o Governo actual e a submissão às directivas da troika estrangeira – FMI/UE/BCE», sublinham os comunistas, informando, no quadro actual, que a Educação vai sofrer mais cortes, de milhares de euros, em que a juventude «cada vez é mais afastada dos mais elevados graus de ensino pelas despesas exorbitantes que são exigidas», prevendo-se a sua «elitização e privatização».
Os jovens são ainda confrontados com o flagelo do desemprego, da precariedade e dos baixos salários, com o difícil acesso à habitação, cujos apoios são cada vez mais limitados, e com um panorama em que continua a não haver investimento na cultura, no desporto e no associativismo juvenil. É no sentido da reivindicação destes e de outros direitos da juventude que a JCP sempre tem trabalhado, procurado constantemente animar a luta e estimular a unidade dos jovens para travar a ofensiva de forma resistente e combativa.
Emigração não é solução
«As declarações do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, recomendando aos jovens desempregados a emigração como solução, mais não são do que o reconhecer que as políticas deste Governo não resolvem e apenas têm vindo a conduzir o nosso País ao desastre e a agravar a situação dos jovens trabalhadores portugueses, em particular», afirma a JCP, salientando que «a única coisa» que o Executivo PSD/CDS tem para oferecer aos jovens é «mais desemprego, mais precariedade e menores salários».
Quando o Governo diz à juventude para emigrar e para desistir do seu País, a JCP apela, em oposição, a todos os jovens que «não se resignem» e que «lutem para derrotar esta política». «Estamos convictos de que unidos venceremos, e de que com a luta construiremos o nosso futuro. Parece que não nos querem cá, mas este é o nosso País e vamos lutar por ele», reforçam os jovens comunistas.