Sábado de protestos em todo o mundo

Indignação global

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LUSA

Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se em quase mil cidades de 82 países contra a factura da crise apresentada pelo capital aos povos. As iniciativas mais significativas realizaram-se nos dois blocos imperialistas atlânticos, Europa e América do Norte.

Em Bruxelas, Frankfurt, Berlim, Londres ou Nova Iorque, os manifestantes dirigiram-se a edifícios-símbolo do poder dominante: as sedes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu, o parlamento alemão, os centros financeiros nevrálgicos britânico e norte-americano. Em Atenas, a política de austeridade imposta pelo FMI foi ruidosamente contestada. Em Madrid, muitos milhares voltaram a fazer transbordar as Portas do Sol num protesto que, tal como na maioria das quase mil cidades de 82 países de todo o mundo onde foi cumprido, decorreu de forma pacífica.

Incidentes dignos de registo ocorreram sobretudo em Nova Iorque, onde cerca de 70 pessoas foram detidas em Times Square e durante uma acção realizada junto a uma agência do citibank, e em Roma.

Na capital italiana, a polícia carregou com brutalidade sobre os manifestantes quando um grupo de provocadores abandonou a coluna principal do protesto. Nada de novo naquele país, já que, noutras ocasiões, ocorrências semelhantes serviram de pretexto para operações policiais posteriores contra organizações sociais, argumento que, neste momento, volta a ser invocado pelas autoridades transalpinas para levar a cabo buscas de Norte a Sul do país.

Em Portugal, os protestos ocorreram em dez cidades. Em Lisboa e Porto realizaram-se as maiores manifestações.

Para o dia 27 de Outubro, os «indignados» convocaram novo protesto no nosso País.



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