Resistência heróica
Os patriotas líbios combatem as milícias do Conselho Nacional de Transição dificultando o domínio do território pelos mercenários apoiados pela NATO. Em Bani Walid, por exemplo, um dos últimos bastiões das tropas regulares líbias, embora a maioria das notícias veiculadas por agências dêem conta da quebra definitiva da resistência, informações também difundidas por órgãos de comunicação garantem, por seu lado, que os combates prosseguem e, até, que os chamados rebeldes foram obrigados a recuar na madrugada de segunda-feira face à oposição dos militares sitiados naquela área urbana.
Sem contraditório possível é o facto dos bombardeamentos da NATO terem sido decisivos na tomada, mesmo que parcial, daquela cidade. Não fossem as dezenas de operações ofensivas aéreas do imperialismo, e as hordas do CNT não conseguiriam avançar, o que, para mais, se está a confirmar igualmente em Sirte.
Cercada há semanas sem dar sinais de claudicar – apesar da dramática falta de alimentos, energia, medicamentos e água potável, o que obriga ao êxodo de milhares de pessoas –, resta aos grupos armados do CNT retirarem periodicamente das zonas ocupadas abrindo caminho aos bombardeamentos da Aliança Atlântica.
Bolsas de resistência aos «novos senhores» persistem, ainda, de acordo com uma nota da AFP, em Tripoli. Pela primeira vez em quase dois meses de ocupação da capital da Líbia pelo CNT, fortes combates ocorreram no interior da cidade. A razão terá vencido o medo no bairro de Abu Salim quando um grupo de moradores decidiu hastear a revolucionária bandeira verde, sinal de que na Líbia perdura a insubmissão ao imperialismo.