Aumento brutal
Na última reunião da Câmara de Loures – onde se analisou o balanço e contas, assim como o relatório da gestão dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) –, a CDU condenou, em declaração política, o «aumento brutal» da tarifas das águas residuais, que permitiu arrecadar oito milhões de euros no primeiro semestre de 2011.
«Aliás, por este caminho, vemos bem o que podem esperar os munícipes de Loures e Odivelas, no que diz respeito a ainda maiores aumentos na factura da água e dos resíduos sólidos para o próximo ano, pois as recomendações que o Governo já vem fazendo neste domínio terão, certamente, a concordância e aplicação da maioria PS no município», criticaram os eleitos do PCP, que alertaram para a «degradação continuada da qualidade do serviço público prestado pelos SMAS, de que o expoente máximo é a deplorável recolha de resíduos sólidos, que passou a ser substancialmente reduzida aos sábados».
Os comunistas condenaram, de igual forma, a «execução de apenas 17 por cento nos investimentos previstos pelo próprio Conselho de Administração dos SMAS, o que só pode ter como consequência uma prestação de serviços às populações cada vez mais deficitária» e a «perda de receita de vários milhões de euros referente à cobrança de valores em dívida aos SMAS, por não terem sido accionados, em devido tempo, os mecanismos judiciais, visando a sua cobrança coerciva e que a Lei 12/2008, da Prestação de Serviços Públicos, fez prescrever».
«Tudo indica que a maioria PS no município de Loures pretende atingir um ponto tal de degradação dos serviços prestados pelos SMAS que leve os munícipes a aceitarem a privatização como uma solução para a melhoria da sua qualidade», adverte, na declaração política, a CDU.