Protesto vivo
Sete marchas que partiram de igual número de localidades espanholas em finais de Junho, chegaram no sábado, a Madrid, para no dia seguinte voltarem a ocupar a emblemática Porta do Sol.
Movimento convoca jornada mundial para 15 de Outubro
Aos cerca de meio milhar de activistas que cruzaram a Espanha ao longo de um mês, realizando contactos com as populações, juntaram-se, no domingo, milhares de madrilenos, para desfilar em ambiente festivo entre a estação de Atocha até à praça Puerta del Sol.
Exibindo cartazes com as palavras «O capitalismo é o genocida mais respeitado do mundo», ou «Esta história acabou. Que paguem a crise os responsáveis», os manifestantes exigiram mudanças políticas, económicas e sociais.
Depois dos acampamentos de protesto que ocuparam as praças centrais das principais cidades entre Maio e Junho, o Movimento 15 de Maio apostou na realização de assembleias populares e debates por todo o país, promovendo protestos junto à delegações governamentais e autoridades regionais.
Durante o mês de Julho, as marchas de indignados, que partiram da Galiza, País Basco, Catalunha, Andaluzia, Extremadura, Valência e Múrcia, com o lema «Não é uma crise, é o sistema» – levaram a dezenas de localidades a proposta de «mobilização social, pacífica e não violenta», no «espírito construtivo, democrático e inclusivo» do movimento.
O caloroso acolhimento das populações transpareceu nos cânticos entoados nas ruas da capital: «De Norte a Sul, de Este a Oeste, custe o que custar, a luta prossegue»
Na assembleia realizada no domingo, os líderes do movimento anunciaram uma nova acção com um ambicioso alcance mundial para o próximo dia 15 de Outubro.
Nessa data, pretendem unir vozes contra os sistemas governamentais que «usam os cidadãos como mercadoria». A jornada tem o selo da plataforma «Democracia Real, Já!», que defende uma luta permanente contra «o capitalismo mercantilista que converteu os seres humanos em mercadorias».