Armadilhas

José Sócrates não hesita perante nada para se promover na campanha eleitoral, como se se viu, sucessivamente, com o «episódio Coentrão» e o «episódio Souto Moura». No primeiro, para se fotografar ao lado do «craque» do Benfica usou o «padrinho» do rapaz, Mário de Almeida, para o forçar a estar presente na campanha PS, enquanto Souto Moura foi ludibriado com um «convite oficial» para surgir ao lado de Sócrates em campanha, coisa que o arquitecto recusou e negou pública e veementemente.

Pelos vistos, Sócrates não aprendeu nada com o grotesco «episódio Chico Buarque», onde o cantor brasileiro desmentiu, indignado, que tivesse pedido um «encontro» que o próprio Sócrates solicitara

E depois queixa-se de lhe chamarem mentiroso...

 

 Incumprimentos

 

Neste preciso momento, a dias das eleições em Portugal, a Grécia entrou abertamente em «incumprimento» quanto aos brutais ditames impostos há um ano pela mesma troika que agora nos assola, enquanto a Irlanda vai pelo mesmo caminho.

Tratam-se de «incumprimentos» tão anunciados, que termos e expressões aparentemente tabus, como «renegociação da dívida» e «saída do euro», se tornaram conversa corrente, para arrepio dos mandões do «controlo do défice».

Perante isto, os da «troika lusitana» do PS, PSD e CDS insistem na tecla de «cumprir escrupulosamente» os ditames da seita internacional que quer impor-nos um garrote que, notoriamente, está na iminência de «aliviar» sobre as vítimas já conhecidas.

De facto, esta troika lusitana sem vergonha, nem espinha tem para «se mexer» com factos novos...

 

 


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