Lembrar António Tavares
A Comissão Concelhia de Vila Franca de Xira do PCP homenageou, no dia 30 de Abril, António Tavares, militante comunista assassinado pelo fascismo por ocasião dos 60 anos da sua morte. A homenagem teve lugar no auditório da Junta de Freguesia vilafranquense e contou com a participação de familiares de António Tavares e Domingos Abrantes, do Comité Central do PCP.
Nascido a 10 de Fevereiro de 1922, em Vila Franca, António Tavares começou cedo a trabalhar na fábrica Cimentos Tejo, em Alhandra. Tomando aí consciência de classe, adere no final dos anos 30 à Federação da Juventude Comunista e, em 1942, ao PCP. Participa nas grandes greves de Maio de 1944 pelo que foi preso em Caxias e violentamente torturado.
Em finais de 1944 passa à clandestinidade sob o pseudónimo de Tomé e, em Maio de 1945, está na organização das grandes marchas da Vitória contra o nazifascismo. Preso em Agosto desse ano, António Tavares passou três anos encarcerado, ao longo dos quais a sua saúde se degradou profundamente. Quando sai da prisão, em 1948, estava extremamente debilitado, recolhendo a casa dos seus pais. A morte levá-lo-ia a 1 de Fevereiro de 1951 – o fascismo apenas o libertou para que morresse fora da prisão. O seu funeral foi uma grande manifestação de dor e pesar do povo vilafranquense por este herói da resistência.
António Tavares deixou ainda o seu nome ligado ao movimento associativo da sua terra, quer como praticante de futebol no Operário Vilafranquense quer como impulsionador da Biblioteca Alves Redol e na dinamização dos serões culturais.