LISBOA

Resistir e vencer

Na edição de Abril do boletim O Rodoviário, de Lisboa, os comunistas acusam o patronato do sector de terem intensificado, nos últimos anos, a exploração dos trabalhadores, através da precariedade e dos baixos salários. O objectivo, acusam, é fazer dos motoristas a peça mais barata do autocarro. Para isto, o patronato tem contado com o apoio do PS, PSD e CDS.

Se, no que respeita aos salários, hoje o poder de compra dos trabalhadores do sector é inferior ao que era há 10 anos, a situação não é melhor quando o tema é o horário de trabalho: «o patronato do sector procura que os motoristas estejam “amarrados” às empresas 14 e mais horas sem pagamento do trabalho suplementar.» Não deixa de ser revelador que uma das exigências do patronato seja a criação de normas específicas para o sector no que respeita aos horários – e que tanto os governos do PSD/CDS como o do PS tenham constituído grupos de trabalho para discutir estas matérias.

O PCP denuncia ainda um facto insólito que se passa neste sector – o de os trabalhadores terem que pagar para trabalhar. Os motoristas pagam do seu bolso custos que deveriam ser suportados pelas empresas, como o Certificado de Aptidão de Motorista ou o CAP, para transporte de crianças.



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