Japão
A Agência de Segurança Nuclear elevou ao máximo o alerta na central de Fukushima. Ao passar de 5 para 7 nível de emergência, as autoridades nipónicas admitem que o incidente é similar ao ocorrido em Chernobyl.
Na base da alteração está a libertação de radioactividade do reactor 1, que actualmente constitui uma ameaça para a saúde humana e o meio ambiente. A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa privada que explora Fukushima, admite que se a libertação de material radioactivo continuar os danos provocados podem superar aos registados na Ucrânia em 1986.
Entretanto, o governo japonês duplicou a zona de evacuação em torno da central nuclear, isto um dia depois de ter afirmado que o cenário de um acidente de ainda mais largas proporções estava afastado.
Em Tóquio, no domingo, milhares de japoneses responderam à convocatória de oito associações antinucleares e manifestaram-se pelo encerramento imediato da central de Fukushima e pela revisão da política energética do país.
Junto à sede da Tepco, os participantes denunciaram também que nas centrais de Hamaoka e Nagoya subsiste o perigo de colapso, já que as estruturas foram igualmente afectadas pelo sismo e maremoto que a 11 de Março atingiu a costa japonesa.