Reagindo à guerra imperialista desencadeada contra a Líbia, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) tinha agendada para ontem, ao final da tarde, uma concentração de protesto frente à representação diplomática dos EUA em Portugal.

Lembrando os «exemplos recentes dos Balcãs, do Iraque e do Afeganistão», o CPPC – em nota enviada às redacções – sublinha que «o verdadeiro móbil desta intervenção é o controlo dos recursos naturais e o domínio militar e político da região».

Por ocasião do oitavo aniversário do início da invasão e ocupação do Iraque, o CPPC emitiu ainda um comunicado no qual faz notar que o país «foi invadido e destruído» depois de uma campanha que intoxicou a opinião pública com a falsa existência de armas de destruição massiva.

«A invasão foi precedida da imposição de duas zonas de exclusão aérea» promovidas pelos EUA, França e Grã-Bretanha, lembra o texto, datado de dia 18, mas clarividente quanto aos acontecimentos posteriores na Líbia.

«O CPPC reitera o reconhecimento do direito dos povos a defender a sua soberania, integridade territorial e decidir livremente o seu futuro» e «exorta os portugueses a exigir do seu Governo a não intromissão nos assuntos internos de cada país e a não substituírem as vias diplomáticas e políticas por meios militares», conclui-se.