Filósofo e comunista
Faleceu na quinta-feira, 17, Eduardo Carreiro Domingues Chitas. Nascido em 1937, frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1957-61), sendo forçado a exilar-se por recusa de participação na guerra colonial.
É em Genebra que completa a licenciatura em Letras (filosofia), iniciando também nessa cidade suíça a sua actividade docente. Em 1989 defende em Lisboa a dissertação de doutoramento intitulada «Hegel e o pensamento das Luzes: para o estudo da formação da consciência moderna».
Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde participou na criação da cátedra A Razão, publicou vários trabalhos de filosofia e de história das ideias, designadamente no boletim Razão Activa, da Fundação Internacional Racionalista, de que era colaborador regular.
Integrou o grupo de tradução e direcção editorial das Obras Escolhidas de Marx e Engels, em três volumes, publicadas entre 1982 e 1985 pelas Edições Avante!, e foi fundador de várias associações filosóficas, designadamente da Sociedade Portuguesa de Filosofia (1977), da Societas Hegeliana (1979) e da Convenção para a Filosofia e a História das Ideias na Europa (1993).
Filósofo marxista e militante comunista, Eduardo Chitas era membro do Sector Intelectual de Lisboa do PCP.