Solidariedade com tunisinos e egípcios

A luta do povo tunisino «pelo derrube do regime opressor e pela construção de um país livre, soberano e democrático» foi saudada pela Assembleia da República em recente voto no qual é expresso em simultâneo o desejo de que seja garantido o «respeito pela soberania, independência e a vontade popular para definir os rumos do seu país, sem ingerências».

Da autoria do PCP, acolhido favoravelmente pelo PEV e BE e a abstenção das restantes bancadas, o voto manifesta ainda a solidariedade do Parlamento com o povo da Tunísia na defesa dos direitos políticos, económicos, sociais e culturais», direitos esses que pretendem ver consagrados numa Constituição democrática, que «crie um novo sistema judicial e uma polícia com respeito pelos direitos do homem e estabeleça a liberdade de expressão, de organização e de informação».

 

Pela justiça social

 

A luta pela democracia no Egipto motivou também há quinze dias palavras de solidariedade do PCP para com todos aqueles que a protagonizam, nomeadamente os trabalhadores e o povo egípcio que ergueram nas ruas a sua voz «pelos direitos sociais e laborais, pela justiça social, pela democracia e a liberdade».

«A situação do Egipto é também ela indissociável do aprofundamento da crise do capitalismo, que se reflecte no aumento do desemprego dos jovens e no aumento exponencial dos preços dos bens essenciais», afirmou a deputada comunista Paula Santos, intervindo em nome da sua bancada por ocasião de um voto apresentado pelo BE de solidariedade para com a luta pela democracia no Egipto, que foi chumbado com os votos contra do PS e do PSD.



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