O Parlamento aprovou sexta-feira passada, na generalidade, um projecto de lei do CDS/PP que cria a Ordem dos Fisioterapeutas. Para o PCP, que se absteve (todas as outras bancadas fizeram o mesmo, excepto o proponente do diploma que votou a favor), persistem dúvidas de que a solução agora preconizada seja a que

melhor responde aos anseios dos profissionais de fisioterapia. Isto porque, como salientou o deputado comunista João Ramos, grande parte dos problemas que hoje lhes estão colocados, como de resto a outras áreas profissionais, são de «natureza laboral e não regulamentar» e, por isso, «uma ordem pouco ou nada pode fazer sobre estas matérias».

O parlamentar do PCP considerou, por outro lado, que a regulação profissional «não pode ser uma acção avulsa», mais ainda quando há necessidade de regulamentar profissões distintas, embora do mesmo grupo de profissões. Ao Governo, a quem compete regulamentar, é exigível «uma abordagem integrada deste problema transversal», defendeu João Ramos, lembrando que é imperioso incrementar esta regulação profissional que resolva o problema de todas as profissões, em especial as da área da saúde.