PCP contra visita de Avigdor Liberman

Portugal deve reconhecer Estado da Palestina

A visita do ministro nos Negócios Estrangeiros de Israel a Portugal, na semana passada, a convite do Governo português, é um sinal «extremamente negativo» quanto à posição do País sobre a questão palestiniana.

Avigdor Liberman defende a expulsão dos árabes da Palestina

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O que se impõe da política externa portuguesa não são convites a responsáveis políticos e partidários pela criminosa política de Israel mas sim o corte de relações políticas, económicas e diplomáticas com esse país enquanto ele mantiver uma «ostensiva posição de desrespeito pelos mais elementares princípios do direito internacional e direitos humanos». Foi desta forma que o PCP reagiu, no dia 26 de Janeiro, à visita a Portugal de Avigdor Libermam, ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel e dirigente de um partido xenófobo de extrema-direita que, entre outras posições, tem defendido a expulsão da população árabe do território da Palestina.

Num comunicado do seu Gabinete de Imprensa, o PCP lembrou que a visita do governante israelita ao nosso País se deu a convite das autoridades portuguesas o que, no seu entender, é um «sinal extremamente negativo e preocupante do posicionamento do Governo português face à questão palestiniana e constitui uma flagrante violação dos princípios constantes do artigo 7.º da Constituição da República Portuguesa». As declarações de «circunstância» do ministro Luís Amado não podem ser lidas senão como uma «tentativa de publicamente branquear o convite a este responsável israelita e a realização de encontros ao mais alto nível».

Estas declarações, acrescentam os comunistas, não apagam a gravidade da visita de Avigdor Liberman a Portugal, tão mais grave quando realizada num momento em que Israel «prossegue e intensifica – com um destacado papel de Avigdor Liberman – a criminosa e ilegal política de ocupação e colonização dos territórios ocupados da Palestina e de perseguição à população árabe em Israel». E quando esse país desafia de «forma ostensiva o direito internacional com a divulgação de um suposto “relatório” sobre o ataque terrorista de Israel contra a “flotilha da Liberdade” em águas internacionais, apresentando-o como “um acto de defesa de Israel”».

À luz da Constituição da República Portuguesa, sustenta o PCP, o Governo português está obrigado a desenvolver uma «política de activa solidariedade para com o povo palestiniano, de condenação de Israel pela política sionista ocupação e colonização da Palestina e pelo reiterado desrespeito pelo direito internacional e acordos internacionais». No comunicado, o PCP reitera o seu «apoio e solidariedade» ao povo palestiniano na luta pelos seus direitos nacionais e pela edificação do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores a 1967 com capital em Jerusalém Leste. Esta posição consta de uma proposta de resolução do PCP entregue nesse mesmo dia na Assembleia da República, visando o reconhecimento pelo Estado português da proclamação do Estado da Palestina livre, viável e soberano.



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