Cumprir o dever até ao fim
Não há nada como a consciência do dever cumprido para nos deixar bem connosco próprios. É assim em tudo – e, portanto, também em matéria eleitoral.
É claro que se o dever cumprido conduzir, como é justo que conduza, a resultados positivos, melhor – muito melhor.
Vem isto a propósito, obviamente, das eleições presidenciais do próximo domingo.
Os apoiantes da candidatura de Francisco Lopes têm razões – muitas e muito fortes – para estar satisfeitos com a campanha que fizeram. E com o candidato que apoiam – que confirmou plenamente a justeza da escolha colectiva que sobre ele recaiu.
Lado a lado com o seu candidato bateram-se por uma candidatura singular: a única, por exemplo, que não só não tem a mínima responsabilidade na situação dramática em que o País está, como lutou activamente contra a política que conduziu a esta situação.
Pelo que fizeram, têm razões para esperar um bom resultado.
E vão obtê-lo, certamente.
Especialmente se tiverem presente que o tal dever cumprido não está ainda totalmente cumprido… que há ainda muito dever para cumprir daqui até domingo, até à contagem final dos votos.
Há aquele amigo hesitante, que não sabe se vai ou não votar, porque isto não dá nada e, por isso, não vale a pena; há aquele vizinho que acha que o melhor é votar no candidato que os jornais, rádios e têvês dizem que já ganhou; há aquele familiar que diz que as sondagens...; há aquele colega que de tanto ouvir nas rádios, têvês e jornais que eles são todos iguais, acha mesmo que é assim…
A todos eles é necessário dizer – e isso pode e deve ser feito até ao último momento – que não é assim: que não só vale a pena como é imperioso votar para mudar; que quem diz que o tal candidato já ganhou são os cães de guarda dos responsáveis pela situação existente; que as sondagens são instrumentos de propaganda ao serviço de mais do mesmo – e é necessário demonstrar, com os muitos e sólidos argumentos da verdade, que eles não são todos iguais, isto é: que o candidato Francisco Lopes é diferente dos que são todos iguais. E que o voto em Francisco Lopes é um voto diferente de todos os outros: porque é o único que conta para a mudança.