Holanda renova missão afegã

O novo go­verno mi­no­ri­tário ho­landês, for­mado por li­be­rais e de­mo­cratas-cris­tãos, de­cidiu en­viar um novo des­ta­ca­mento mi­litar para o Afe­ga­nistão, se­gundo anun­ciou, no dia 7, o pri­meiro-mi­nistro Mark Rutte.

O go­ver­nante fez questão de sa­li­entar que a nova missão é «com­ple­ta­mente di­fe­rente» das an­te­ri­ores, já que os 545 sol­dados irão par­ti­cipar apenas no trei­na­mento de po­lí­cias para for­ta­lecer o sis­tema ju­di­ciário do país.

To­davia, o anúncio pro­vocou um coro de pro­testos pois re­pre­senta uma clara in­flexão na po­lí­tica do ac­tual go­verno, eleito em Junho, na sequência da queda da an­te­rior co­li­gação entre so­ciais-de­mo­cratas e cris­tãos-de­mo­cratas, que foi mo­ti­vada pre­ci­sa­mente pelo de­sa­cordo dos pri­meiros com o pro­lon­ga­mento da par­ti­ci­pação ho­lan­desa na­quele te­atro de guerra.

Após esta crise po­lí­tica, o go­verno de Haia ini­ciou, em 1 de Agosto, a re­ti­rada dos 1600 efec­tivos da pro­víncia de Oruzgán (Sul), de­cisão que foi sau­dada pelos re­sis­tentes afe­gãos.

Mas o envio da nova missão exige que os li­be­rais e cris­tãos-de­mo­cratas pro­curem apoios no par­la­mento, onde apenas dis­põem de 52 lu­gares num total de 150. A ta­refa po­derá não ser fácil uma vez que o seu maior aliado, o Par­tido da Li­ber­dade, li­de­rado pelo po­pu­lista e xe­nó­fobo Geert Wil­ders, se afirma contra a ope­ração. Caso man­tenha esta po­sição, é de ad­mitir que a guerra no Afe­ga­nistão possa vir a der­rubar mais um go­verno na Ho­landa.



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