Aeroporto de Beja é fundamental
O PCP reagiu no dia 26 às notícias vindas a público na semana passada em torno da auditoria do Tribunal de Contas ao Aeroporto de Beja com uma nota do Secretariado da Direcção da Organização Regional de Beja. Nessa tomada de posição, o PCP lembra que desde o início dos anos 80 do século passado que defendeu, como continua a defender, a construção do aeroporto de Beja como uma «infra-estrutura fundamental para o desenvolvimento do distrito, do Alentejo e do País». Esta convicção sustenta-se, entre outras razões, na «possibilidade de utilização das pistas já existentes da Base Aérea n.º 11 e a localização privilegiada de Beja – numa zona agrícola potenciada pelo empreendimento de fins múltiplos de Alqueva e a meio caminho entre o porto de Sines e a fronteira».
Ao longo dos anos, recorda-se na nota de imprensa, o PCP denunciou e criticou os «atrasos e indecisões nos sucessivos estudos relativos ao aeroporto de Beja, na construção das infra-estruturas aeroportuárias, nas acessibilidades ferroviárias e rodoviárias – nomeadamente o IP8 Sines-Beja-Ficalho –, no modelo de gestão do aeroporto, bem como a falta de vontade política em avançar rapidamente com o projecto». Por estes atrasos e opções políticas o PCP responsabiliza inteiramente os sucessivos governos do País e em especial o actual. Este, «ao sabor da sua propaganda eleitoralista, chegou a marcar várias datas para a inauguração do Aeroporto Internacional de Beja, mais tarde reduzido para Terminal Civil de Beja e agora paralisado pela indefinição», acusam os comunistas.
O comunicado termina com a reafirmação, por parte do Partido, da defesa de um modelo de gestão pública do Aeroporto de Beja com a participação das instituições representativas da região, que assegure as condições necessárias ao rápido aproveitamento de todas as suas potencialidade para transporte de passageiros e carga.