Trabalhadores dos consulados aderem à greve

A mai­oria dos con­su­lados por­tu­gueses na Eu­ropa es­ti­veram en­cer­rados, in­formou o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores Con­su­lares e das Mis­sões Di­plo­má­ticas. Mo­çam­bique, Guiné-Bissau, Is­rael, Ve­ne­zuela e Tur­quia, foram ou­tros dos muitos con­su­lados que fe­charam portas neste dia de luta.

«De­pois de o Go­verno ter re­for­çado o des­prezo pelos tra­ba­lha­dores ao ser­viço do Es­tado, ati­rando-lhes para cima com mais con­ge­la­mentos, au­mentos de con­tri­bui­ções, su­bida de im­postos e re­du­ções sa­la­riais que chegam aos dez por cento, o se­nhor mi­nistro [dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros] vem agora anun­ciar uma re­visão (= re­dução) da rede di­plo­má­tica na Eu­ropa e en­cer­ra­mentos na França e na Ale­manha, mas sem o ter con­cre­ti­zado», lê-se num abaixo-as­si­nado, a cir­cular por todo o mundo. Esta é uma forma destes tra­ba­lha­dores se mo­bi­li­zarem, «assim como dar a co­nhecer aos res­pon­sá­veis a nossa de­ter­mi­nação em lutar pelos nossos di­reitos». «Quanto mais de­pressa a nossa re­volta chegar aos seus cau­sa­dores, mais efeito terá no fazer valer os nossos pontos de vista», lê-se ainda do do­cu­mento.



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