O Partido Comunista da Índia (marxista) considera que a visita de Barack Obama ao país agravou a crescente subordinação da Índia ao imperialismo norte-americano, quer em relação aos interesses económicos quer no que respeita à cooperação militar.

«No contexto de uma profunda recessão e desemprego, os EUA procuram desesperadamente aumentar as exportações e reduzir as importações». No caso concreto, procuram fazê-lo «arrombando o mercado indiano», como se comprova na agricultura onde a abertura à concorrência e ao domínio das multinacionais sobre a produção e comercialização de sementes acarretará consequências ruinosas para milhares de pequenos produtores locais, expressa o PCI (m).

«O caminho está ainda a ser pavimentado para a abertura dos sectores financeiro e da educação superior a empresas norte-americanas», acrescenta o partido.

Para os comunistas, o governo, em vez de dar prioridade ao combate à fome, à pobreza, às doenças, aceita a abordagem dos EUA congratulando-se apenas por Barack Obama reconhecer a Índia como uma potência mundial.

Já quanto à cooperação militar, a Índia, em troca do fornecimento de armas, fica enfeudada à política agressiva dos EUA e às suas inspecções, alienando a sua soberania e a possibilidade de decisão independente sobre um grande número de matérias respeitantes a política externa.

«Não obstante o elogio exagerado por parte dos meios de comunicação social dominantes, os reais interesses do povo da Índia não são servidos por esta relação. O que é necessário é um relacionamento indo-americano baseado na igualdade e no interesse mútuo», conclui o PCI(m).