Candidatura do PCP reúne apoios de todas as áreas

Ruptura e mudança

Centenas de pessoas, personalidades da área da cultura, do poder local, da ciência e do ensino, do movimento sindical, manifestaram, segunda-feira, em Lisboa, o seu apoio à candidatura de Francisco Lopes, intimamente ligada aos interesses dos povo e do País.

«O presente o o futuro são motivos de clara preocupação»

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Esta iniciativa, que fez encher uma das salas do Mercado da Ribeira, contou com a presença de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, e de muitos outros que vêem na candidatura de Francisco Lopes a esperança numa vida melhor para os portugueses. «Esta é uma candidatura em que todos acreditamos e que queremos que vá para a frente», afirmou a actriz Teresa Gafeira, que apresentou e chamou ao palco José Barata Moura e Francisco Lopes, mandatário nacional e candidato à Presidência da República, respectivamente. Antes, enquanto alguns terminavam o seu jantar, teve lugar um momento musical, a cargo de Manuel Pires da Rocha, que, num concerto de violino e voz, interpretou variações de vários temas, que apelidou de «A luta e a alternativa», «um hino para as classes trabalhadoras seguirem o seu caminho» e que fez saltar as palmas e a alegria dos apoiantes da candidatura do PCP.

Francisco Lopes, que encerrou os trabalhos, começou por dizer que a sua candidatura a Presidente da República ganha, à medida que o tempo passa, «mais sentido e importância», no «quadro de agravamento da situação do País» e de «incontornável exigência de ruptura e mudança» com estes 34 anos de política de direita.

«O presente o o futuro são motivos de clara preocupação», alertou, denunciando a «centralização e concentração do capital com as privatizações, que restabeleceu o domínio dos grupos monopolistas sobre a economia e a vida nacionais», a «alienação da soberania e da independência nacional, designadamente em torno das opções e do rumo da União Europeia» e o «ataque à democracia e aos direitos democráticos, conquistados e construídos com a Revolução de Abril». «Este processo, este rumo da política de direita, conduziu-nos ao declínio nacional, às injustiças sociais, à degradação de valores, à corrupção, à confusão entre o poder político e o poder económico», acrescentou.

 

Machadada aos interesses nacionais

 

Francisco Lopes teceu ainda fortes críticas ao Orçamento do Estado para 2011, «um conjunto de medidas mais drásticas, na mesma direcção, que criaram os problemas actuais, com mais destruição da produção, mais desemprego, mais dependência, maiores défices». «Um Orçamento ao serviço dos banqueiros e da especulação, contra o País, contra os trabalhadores e o povo», frisou, desmascarando o PS e o PSD, com o patrocínio do actual Presidente da República, de se entenderem nesta «machadada aos interesses nacionais».

O candidato do PCP, dos trabalhadores e do povo, manifestou ainda a sua indignação com o aumento dos lucros dos grandes grupos económicos, nomeadamente da banca (4,6 milhões de euros por dia), da EDP (750 milhões nos primeiros nove meses de 2010) e do negócio da PT no Brasil, «com dividendos, este ano, de quase mil milhões de euros distribuídos a um grupo de 10 ou 12 grandes accionistas, sem pagarem um cêntimo de impostos», o que representa, só no último exemplo, «a retirada do erário público de qualquer coisa como 250 a 300 milhões de euros».

«Por isso afirmamos, diferentemente das outras candidaturas, que Portugal precisa de outro Orçamento e de outro rumo, de desenvolvimento, de progresso e de justiça social. A exigência é de ruptura e mudança, de um caminho novo, vinculado aos valores de Abril e ao cumprimento da Constituição da República Portuguesa, um programa de mudança que impõe como elementos centrais por "Portugal a produzir", a criar empregos com direitos, a distribuir a riqueza com justiça, a melhorar os salários, as pensões e as condições de vida, a garantir serviços públicos com qualidade e eficiência, a promover a investigação, a ciência e a cultura», defendeu.

«Um rumo que corresponde a um projecto patriótico e de esquerda, de desenvolvimento, soberania, democracia, justiça e progresso social», prosseguiu.

 

Defender os interesses do povo

 

José Barata Moura salientou que este é o tempo de «não calar a diferença». «Há outros caminhos, há outras políticas, há homens de Estado que não afinam pelos mesmos diapasões, há partidos e movimentos cívicos que corporizam outros rumos e seguem outras rotas», afirmou o mandatário nacional da candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República, lembrando que «estamos aqui não apenas para lhe dar [ao candidato do PCP] o testemunho do nosso apoio, mas para, como ele, reforçarmos, juntos e em conjunto, um clamor de viragem, de diferença, que importa tornar audível, para que em movimentações cresça, se consolide, avance».

Na sua intervenção, o professor catedrático da Universidade de Lisboa e militante comunista alertou, por outro lado, para a necessidade de «defesa dos interesses do povo» e para a «sobrevivência de um País na sua destinação soberana».

«Há momentos em que o desafio passa pela procura e pela construção de convergências, pacientemente elaboradas, não ao sabor oportunista, de para onde os ventos soprados parecem empurrar, mas à luz do desenvolvimento concreto das contradições em sobressalto e da mobilização das diferentes forças que em melhor condição estão de lhes fazer frente e de lhes influenciar, num sentido positivo», referiu.

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Legenda 2: A candidatura de Francisco Lopes está em crescendo, numa dinâmica que é necessário manter até ao voto, no dia 23 de Janeiro de 2011(Mangualde)

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Legenda 3: Depois de uma visita ao concelho de Sobral de Monte Agraço, Francisco Lopes solidarizou-se, no sábado, com a luta dos trabalhadores da administração pública, em Lisboa, e jantou com apoiantes em Vialonga

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Legenda 4: Em Castelo Branco, Francisco Lopes ouviu e falou com os trabalhadores da autarquia

 

Grande jornada de mobilização

 

No domingo, Francisco Lopes rumou a Viseu, onde foi acolhido com grande entusiasmo e simpatia. De manhã o candidato do PCP participou numa arruada no centro de Manguade e, mais tarde, acompanhado por mais de uma centena de apoiantes, visitou a Feira das Febras, onde foram distribuídos desdobráveis da candidatura. Incentivos, manifestações de afecto, declarações de apoio foram constantes por parte da muita população que se encontrava no recinto. Houve até quem achasse oportuno comparar a recepção e a numerosa comitiva que acompanhava o candidato Francisco Lopes com a desolação e falta de apoio manifestada na véspera, no mesmo concelho, a outro candidato.

Depois do almoço, que contou com cerca de duas centenas de pessoas, iniciou-se as intervenções políticas, nomeadamente de Francisco Lopes, que defendeu mais apoios à agricultura, o necessário combate à desertificação do País e a ligação ferroviária à cidade de Viseu. Denunciou ainda os direitos sonegados aos trabalhadores da Citroen, exigiu a conclusão das ligações rodoviárias por construir e criticou a intenção do Governo de portajar a A24 e a A25, assim como os ataques ao Serviço Nacional de Saúde e o encerramento de centenas de escolas e de outros serviços públicos em vários concelhos do distrito. Nesta iniciativa, foi ainda apresentado o mandatário distrital João Carlos Gralheiro, advogado de S. Pedro do Sul.

Dois dias antes, 5 de Novembro, Francisco Lopes esteve no distrito de Castelo Branco. O programa começou com um encontro, de manhã, com trabalhadores do Sector de Higiene e Limpeza da Câmara de Castelo Branco, e, à tarde, com uma visita ao Lar de S. José, na Covilhã, e ao Jardim de Infância, em Tortosendo, onde o candidato às eleições presidenciais teve a oportunidade de contactar com os trabalhadores e a direcção das instituições.

Horas depois, Francisco Lopes esteve reunido com dirigentes, delegados e activistas sindicais, onde foram colocados os principais problemas sentidos no distrito pelos trabalhadores do sector público e privado. Um importante momento de apoio, de confiança e entusiasmo em torno da candidatura. O dia terminou com um jantar com mais de 140 pessoas, que com alegria e determinação ouviram as intervenções do mandatário regional, António Matos, e de Francisco Lopes.

Na quinta-feira, o candidato do PCP à Presidência da República visitou o distrito de Portalegre, onde contactou com os trabalhadores da Câmara de Avis, encontrou-se com a população de Benavila, reuniu com a direcção da União de Sindicatos do Norte Alentejano e jantou com apoiantes em Portalegre.

 



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