Situação preocupante
No âmbito das Jornadas Parlamentares do PCP, que tiveram lugar nos dias 11 e 12 de Outubro, no distrito de Santarém, realizou-se uma visita ao Hospital de Tomar.
À semelhança de outros hospitais do País, segundo constataram os deputados comunistas, o Hospital de Tomar também se confronta com dificuldades financeiras, fruto do desinvestimento e das medidas de redução de despesas impostas pelo Ministério da Saúde, que passaram, entre outras, pelo abrandamento nas contratações de trabalhadores.
«Uma das questões que se coloca é a insuficiente acessibilidade da população aos cuidados de saúde primários e a falta de articulação entre os cuidados de saúde primários e as unidades hospitalares, o que resulta num elevado número de pessoas que recorrem ao serviço de urgência do hospital, conduzindo a elevados tempos de espera neste serviço», salientam, numa pergunta feita ao Ministério da Saúde, os eleitos do PCP, informando que cerca de 50 por cento das situações que surgem no serviço de urgência poderiam ser atendidas ao nível dos cuidados de saúde primários, caso existisse uma rede de equipamentos que respondesse às necessidades».
Esta situação obrigou, entretanto, a Administração do Hospital a contratar prestadores de serviço para colmatar as necessidades, devido à falta de meios humanos, nomeadamente médicos. «O recurso à contratação de médicos seja através de empresas de trabalho temporário, seja através de empresas unipessoais, não garante a qualidade dos cuidados de saúde prestados e constitui um gasto elevado para o Serviço Nacional de Saúde. A actual situação é susceptível de criar conflitos entre médicos dentro da mesma instituição», defendem os comunistas.