O hospital pediátrico de Lisboa não pode fechar
Francisco Lopes esteve reunido, no dia 21, com representantes da Plataforma Cívica em Defesa do Património do Hospital Dona Estefânia. Esta estrutura foi criada há dois anos e que desde então tem contestado o encerramento do hospital pediátrico e a sua inclusão num serviço de pediatria noutro hospital. A plataforma promoveu duas petições, uma ao Presidente da República e outra ao Parlamento, contra este encerramento, que mobilizaram dezenas de milhares de pessoas.
No seguimento do encontro, o candidato condenou a decisão do Governo de encerrar o hospital pediátrico, considerando que os critérios economicistas não podem comprometer a «ajuda, o acompanhamento, o tratamento, a prevenção em relação à saúde das crianças». Os critérios «destrutivos» que estão a ser seguidos, acrescentou Francisco Lopes, não podem ter consequências na vida das crianças, que sendo o presente e o futuro do País têm que ser tratadas como tal, com «todo o humanismo que se justifica».
Em seguida, o candidato presidencial lembrou que isto não está a ser cumprido: mais de 400 mil crianças perderão o direito ao abono de família, enquanto mais de um milhão verão o seu valor reduzido.
Os representantes da plataforma (que tem o reputado médico Gentil Martins como um dos seus integrantes) consideraram «incompreensível» que se prive as crianças de uma área específica para o seu tratamento, passado a misturá-las com os doentes adultos. E rejeitaram os argumentos de que este encerramento se prende com questões financeiras, pois, segundo Mário Coelho, da plataforma, está em causa o «futuro do País, a qualidade dos cidadãos do País, e isso implica decisões».
Os constrangimentos existentes, concluiu o representante da plataforma que une pais, médicos e outros profissionais de saúde, resultam das parcerias público-privadas. Mas as crianças vão continuar a precisar de apoios…