Valorizar os direitos dos emigrantes
Numa visita a vários países da Europa, Francisco Lopes ouviu as aspirações das comunidades portuguesas e transmitiu-lhes a sua determinação de tudo fazer para que tenham as melhores condições nos países e cidades onde residem.
O candidato defende a garantia do direito dos emigrantes às pensões
Entre sexta-feira e domingo, o candidato à Presidência da República participou em diversas iniciativas na Alemanha, Bélgica, Suíça e França e conheceu mais de perto os problemas com que se debatem os portugueses que ali vivem e trabalham. Para além dos contactos que estabeleceu com as comunidades portuguesas e seus representantes e com associações de emigrantes, Francisco Lopes teve ainda oportunidade de conceder entrevistas a rádios e jornais portugueses.
Na sexta-feira, o candidato esteve na Alemanha, mais precisamente em Hilden, na região de Düsseldorf. Aí, na Associação Portuguesa Sanjorgense, Francisco Lopes encontrou-se com representantes da comunidade portuguesa na região e com representantes da Federação das Associações Portuguesas na Alemanha. Os professores presentes traçaram um panorama negro do ensino do Português do estrangeiro. À noite, na Associação Portuguesa de Hilden, o candidato participou num jantar com dezenas de apoiantes, no qual se inscreveram no Partido quatro novos militantes.
No sábado, em Bruxelas, Francisco Lopes almoçou com cerca de meia centena de pessoas na Associação dos Portugueses Emigrados na Bélgica rumando, em seguida, à Suíça. Aí, na Associação Portuguesa de Zurique, o candidato fez uma intervenção numa iniciativa com a presença de mais de duzentas pessoas.
Em Paris, no domingo, Francisco Lopes foi recebido pelo embaixador de Portugal em França e visitou a sede da Associação Recreativa e Cultural dos Originários de Portugal, em Nanterre. Depois do almoço na Associação para a Promoção dos Artistas Portugueses em França, igualmente em Nanterre, e no qual participaram centena de meia de pessoas (uma das quais se inscreveu no PCP), o candidato foi recebido pela direcção da Associação Franco-Portuguesa de Puteaux.
Valorizar os emigrantes
Nos discursos proferidos nas várias iniciativas em que participou, Francisco Lopes valorizou a importância das comunidades portuguesas para a afirmação de Portugal no mundo. Assim, os seus direitos e interesses «têm que ser considerados acima de tudo pelas exigências como cidadãos portugueses de pleno direito». Para o candidato, o Estado português deve garantir a «melhoria dos serviços públicos consulares, com proximidade e capacidade de resposta pronta».
Defendendo o apoio à cultura e ao ensino do Português como língua materna, e o ensino do Português no estrangeiro, Francisco Lopes realçou ser fundamental contrariar as medidas que estão a ser tomadas e que, a curto prazo, «conduzirão à degradação da qualidade do ensino, prejudicando os interesses de professores e alunos, e poderão levar mesmo à destruição do ensino do português no estrangeiro».
O candidato comunista reafirmou ainda a defesa da garantia das pensões de reforma aos trabalhadores emigrantes, afirmando também que a «participação, o estímulo à participação, o reconhecimento e valorização dos emigrantes, das suas estruturas, da sua representação, do seu associativismo é indispensável».
Francisco Lopes garantiu ainda que «independentemente das razões e opções que vos levaram a trabalhar, residir e fixar fora do País, vocês são a imagem e projecção de Portugal no mundo e o meu compromisso é de tudo fazer para que tenham as melhores condições no País e nas cidades onde residem, para que possam ter uma vida plena e feliz». Ao mesmo tempo, o candidato comprometeu-se a tudo fazer para garantir um Portugal mais desenvolvido e mais justo – tanto para os portugueses que vivem no território nacional como para acolher todos os emigrantes que decidam regressar.