Repressão nos Olivais
No número de Setembro/Outubro do boletim da célula do Partido no Spacio Shopping dos Olivais, em Lisboa, denuncia-se a repressão de que são alvo muitos dos seus trabalhadores. Para além das câmaras «instaladas para controlar as movimentações dos trabalhadores», utiliza-se ainda outros funcionários para «criarem o medo, a dor e a revolta de quem, nas lojas, muitas vezes tem salários em atraso, horários ilegais, pausas para almoço de 15 minutos e quando as idas à casa de banho se encontram reduzidas ao máximo».
Nos contratos assinados entre os lojistas e a Mundicenter (empresa que gere o centro comercial), está explícita a proibição de as lojas terem as portas fechadas, seja por que motivo for – utilizando trabalhadores como controladores, verdadeiros «polícias ou capatazes». Para os comunistas, sendo compreensível que as lojas não deverão estar fechadas já não o é que sejam os trabalhadores a pagar as «ilegalidades cometidas pelo patronato que, não tendo o número suficiente de trabalhadores nas lojas, obrigam os mesmos a fazer o período total de trabalho seguido, sem as pausas necessárias ao seu bem-estar físico e psicológico».