Cuba
O bloqueio norte-americano reforçou-se durante o governo de Barack Obama, afirma o governo cubano. Na apresentação à imprensa do relatório que, ainda este mês, será discutido no debate anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, o executivo de Havana demonstrou que em vez de abrandar o bloqueio, a administração Obama endureceu as multas, sanções e perseguições às transacções financeiras de Cuba.
Durante a campanha eleitoral, Barack Obama prometeu reavaliar a situação das relações entre os EUA e a ilha socialista, mas, na verdade, o que aconteceu foi o recrudescer das medidas responsáveis «por grandes dificuldades, carências e sofrimento humano» em Cuba, insistiu Bruno Rodriguez, ministro dos Negócios Estrangeiros do país.
Rodriguez aproveitou ainda a ocasião para lembrar que o presidente norte-americano pode «flexibilizar algumas medidas, como o uso do dólar por parte de Cuba no comércio internacional, expandir as autorizações de viagem de norte-americanos e estrangeiros residentes nos EUA para Cuba, ou autorizar a importação de medicamentos», mas o que se observa é a insistência na mesma política de há quase meio século.
O bloqueio económico contra Cuba já custou àquela nação 751 mil milhões de dólares. Em 18 ocasiões, a esmagadora maioria das nações com assento na ONU repudiou o bloqueio considerando-o uma «ferramenta genocida».