Um ano de A a Z
Num relance, um ano de trabalho no parlamento europeu. Doze meses de intensa intervenção, apoiada num empenhado e generoso colectivo, aqui muito lacunarmente alinhavados…
Agricultura. Sempre na defesa da produção nacional (leiteira, vinícola, horto-frutícola, etc.), exigindo uma profunda modificação da PAC e o reforço dos instrumentos de regulação dos mercados.
Business Europe. A associação do grande patronato europeu. As suas propostas – em áreas como a «flexigurança» e as liberalizações – antecipam o que vêm a ser as propostas da Comissão Europeia.
Catástrofes. Um relatório com orientações para o reforço da sua prevenção. Com o objectivo de diminuir as disparidades existentes entre os estados-membros na protecção de pessoas e bens.
Deslocalizações. Foram-se sucedendo, com a complacência ou conivência da UE, deixando um rasto de desemprego e miséria. Ficaram os alertas e a denúncia: Investar, Orfama, Edscha, Delphi…
Estocolmo. Programa que reforça as «acções comuns» nos domínios policial e judicial e introduz uma estratégia de «segurança interna», com fortes ataques a direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e à soberania dos Estados.
Federalismo. A entrada em vigor do Tratado de Lisboa acentua a concentração de poder nas grandes potências. À espreita, a «governação económica»: um perigoso salto qualitativo no ataque à democracia e à soberania dos Estados.
GUE/NGL. Grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde. Espaço de cooperação entre partidos de esquerda, para a qual o PCP continuou e continuará a dar o seu empenhado contributo.
Honduras. Levámos até lá a solidariedade dos comunistas portugueses, poucas semanas após do golpe de Estado.
Internacionalista. A solidariedade com todos os povos em luta ou vítimas de catástrofes naturais. Palestina, Cuba, Honduras, Sahara Ocidental, Colômbia, Haiti, El Salvador, Irão…
Jornadas de trabalho no País. Contacto directo com trabalhadores, populações, organizações e movimentos sociais. Prosseguem em todo o País, dando sentido e substância ao nosso trabalho no PE.
Luta. Dar voz a todos os que no País lutam contra as injustiças e por uma vida melhor, projectando a sua intervenção: assim fizemos e faremos.
Militarismo. A UE a posicionar-se perante um processo de arranjo de forças no plano internacional, numa visão concorrencial entre potências, afirmando-se como bloco económico, político e também militar com ambições de intervencionismo global.
Neoliberalismo. Ataque a direitos, desmantelamento do sector público, financeirização da economia, liberalização do comércio mundial. Caminho para o desastre que urge inverter.
Orçamento. O de 2010, em plena crise, foi inferior em 11 mil milhões de euros ao previsto nas perspectivas financeiras 2007-2013. Ademais, cortou nas despesas com a coesão económica e social e aumentou as militares.
Pescas. A UE quer criar direitos de propriedade, privados, para aceder a um bem público: os recursos pesqueiros. Uma autêntica privatização dos mares e dos seus recursos.
Qualidade e segurança alimentar. Sem as necessárias garantias de salvaguarda da saúde pública e do ambiente, a UE abriu a porta à colocação no mercado de Organismos Geneticamente Modificados.
Rating. Ganhou popularidade no último ano. Um corte no dito cujo faz subir os juros da dívida soberana do Estado – o mais recente alvo da gula dos especuladores.
Rendimento mínimo. Avançámos com a proposta da sua instauração ao nível da UE, como via complementar essencial para combater a pobreza e a exclusão social – que afecta já mais de 85 milhões de pessoas.
Sahara Ocidental. Levámos a solidariedade dos comunistas portugueses a Aminetu Haidar e ao povo saharaui.
Tratado de Lisboa. Entrou em vigor em Dezembro passado. Mas a luta contra o seu conteúdo – neoliberal, federalista e militarista – não cessou.
UE2020. A estratégia do grande capital europeu para a próxima década, adoptada pela UE. Retrógrada mesmo se apresentada como moderna...
Vitórias. Não foram muitas mas importa valorizá-las. Dois exemplos: a rejeição do alargamento da semana de trabalho dos camionistas, pretendida pela Comissão; a aprovação do relatório com orientações para a igualdade entre mulheres e homens. Sem esquecer que a maior, no actual contexto, é resistir!
Xanthia. Tempestade que varreu vários países, pouco depois da catástrofe na ilha da Madeira, deixando um rasto de perdas e destruição. A sublinhar a importância do reforço da prevenção de catástrofes.
Zona Euro. O «escudo contra a crise» que nos prometeram. Mas onde afinal a crise entrou primeiro e mais fundo. Ficando claro à medida de que interesses foi feita e deixando a nu os desequilíbrios estruturais que existem no seu seio.