Utentes em luta no dia 6 de Julho
O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) vai realizar, no dia 6 de Julho, às 18h30, junto à residência oficial do primeiro-ministro, uma acção de luta contra a privatização de empresas públicas (Correios, linhas ferroviárias, CP Carga, EMEF, EDP, ANA, TAP, Petrogal, seguros da Caixa Geral de Depósitos, sector da água) e a instalação de portagens nas SCUT.
Esta acção, decidida sábado, em Almada, numa reunião com mais de vinte comissões de utentes, onde foi aprovada uma resolução para entregar a José Sócrates, tem ainda como objectivo manifestar o «profundo desacordo» dos utentes com o «encerramento de escolas do ensino básico, postos e estações dos correios, serviços de saúde, lojas da EDP e outras instalações e serviços públicos» e com o «aumento do preço dos transportes».
Na próxima terça-feira, os utentes vão ainda exigir a «revogação das taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde», a «construção de novas unidades de saúde», a «reabertura das instalações e serviços que foram sendo encerrados», a «colocação de médicos e enfermeiros e outros profissionais em falta nos vários serviços», «mais apoios nas comparticipações para aquisição de medicamentos», «reabertura de linhas ferroviárias que foram encerradas», «melhor articulação entre os vários operadores de transportes colectivos de passageiros para melhorar a mobilidade das populações», «extensão dos passes sociais e intermodais a todo o País e a todos os operadores», «melhor segurança das populações e bens através de policiamento de proximidade».
«O encerramento de instalações e serviços públicos, com critérios meramente economicistas, feitos de forma desordenada, sem qualquer auscultação prévia das populações, organizações representativas de utentes, também das próprias autarquias, isolou populações e regiões, afastando-as cada vez mais dos serviços, com implicações gravíssimas nos níveis da sua vida diária e económica», refere a resolução.