Resistir e exigir

A gerência do café lisboeta «A Brasileira», no Chiado, é acusada pelo Sindicato da Hotelaria do Sul e não cumprir o contrato colectivo do sector, relativamente a salários, folgas, horários, trabalho suplementar, subsídio nocturno e outras matérias, beneficiando da passividade da Autoridade para as Condições do Trabalho, do Ministério do Trabalho e da DGERT e até da Procuradoria da República. Os trabalhadores, perante uma situação «extremamente grave», que «é imposta por uma gerência sem escrúpulos, que julga estar ainda no tempo da escravidão», sindicalizaram-se e elegeram delegados sindicais. Mas, em vez de negociar a resolução dos problemas, a gerência recorreu a «todas as formas de repressão, insultos, ofensas, provocações, processos disciplinares infundados».

A situação voltou a ser denunciada publicamente na semana passada, com mais uma concentração de protesto, à porta do estabelecimento, durante a qual foram distribuídos folhetos aos clientes e um comunicado aos jornalistas. Nesses documentos, o sindicato da CGTP-IN defende que o prestígio da «Brasileira» deveria ter correspondência nas relações de trabalho e enaltece a «muita coragem» dos trabalhadores, que têm participado em todas as lutas, no âmbito da empresa, e têm estado «solidários com outras lutas mais gerais», como iriam mostrar no dia 29, na manifestação nacional.



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