Os trabalhadores dos transportes aéreos, ferroviários e rodoviários, bem como os funcionários dos serviços públicos e dos departamentos governamentais e do comércio aderiram em massa à greve convocada por cerca de 30 organizações políticas e sociais indianas. Na base da contestação está a contínua subida nos preços dos bens essenciais e a recusa do governo em responder às necessidades e reivindicações populares.
A paralisação, realizada anteontem, fez-se sentir com particular incidência em Bengala Ocidental, Tripura, Arunachal Pradesh, Orissa, Uttar Pradesh, Andhra Pradesh, Bihar, Assam, Jharkhand e Kerala, regiões onde os trabalhadores se mostram mais mobilizados para exigir medidas concretas como a descida do preço dos combustíveis (diesel e gás para uso das famílias), através do fim do imposto extraordinário de 5 por cento decidido pelo executivo, e a intervenção estatal no preço dos fertilizantes, cereais e outros géneros alimentares.
De acordo com o Partido Comunista da Índia (marxista), o sucesso da greve, à qual se juntaram concentrações, piquetes e manifestações envolvendo centenas de milhares de pessoas (na capital, Nova Deli, ocorreram cerca de 25 acções em diferentes zonas da cidade), revela «a ira e o descontentamento do povo e o falhanço da política de preços do governo central».