Suécia falha campanha antibónus
O governo sueco, de centro-direita, prometeu há um ano pôr um travão aos bónus milionários, que todos os anos são pagos pelas empresas públicas aos respectivos administradores.
A medida foi aplicada nas empresas onde o Estado detém 100 por cento do capital, caso da energia (Vattenfall), minérios (LKAB) ou florestas (Sveaskog) e mais recentemente no operador de telecomunicações (TeliaSonera), onde 51,99 do capital ainda é público. Também os administradores dos quatro fundos públicos de pensões viram os seus prémios limitados a dois meses de salário.
Mas para além do sector empresarial do Estado, o executivo sueco anunciou que obrigaria os fundos de pensões públicos a usar a sua influência como accionistas para eliminar, tanto quanto possível, os bónus nos grupos privados.
Mas neste ponto deparou-se com a inesperada sublevação dos responsáveis de nomeação governamental, que votaram contra a orientação do governo nas assembleias de accionistas. Pensando certamente também nas suas carteiras, acusaram o governo de se imiscuir na gestão das agências e instituições públicas, e de contrariar a tradição do país que até aqui lhes conferia uma ampla margem de manobra.
A cinco meses das eleições, o governo de centro-direita está pois a braços com o descontentamento da nata da indústria e da finança, que o acusa de andar a «caçar votos» e ameaça voltar-se para os sociais-democratas, quiçá mais compreensivos com as suas necessidades.
A medida foi aplicada nas empresas onde o Estado detém 100 por cento do capital, caso da energia (Vattenfall), minérios (LKAB) ou florestas (Sveaskog) e mais recentemente no operador de telecomunicações (TeliaSonera), onde 51,99 do capital ainda é público. Também os administradores dos quatro fundos públicos de pensões viram os seus prémios limitados a dois meses de salário.
Mas para além do sector empresarial do Estado, o executivo sueco anunciou que obrigaria os fundos de pensões públicos a usar a sua influência como accionistas para eliminar, tanto quanto possível, os bónus nos grupos privados.
Mas neste ponto deparou-se com a inesperada sublevação dos responsáveis de nomeação governamental, que votaram contra a orientação do governo nas assembleias de accionistas. Pensando certamente também nas suas carteiras, acusaram o governo de se imiscuir na gestão das agências e instituições públicas, e de contrariar a tradição do país que até aqui lhes conferia uma ampla margem de manobra.
A cinco meses das eleições, o governo de centro-direita está pois a braços com o descontentamento da nata da indústria e da finança, que o acusa de andar a «caçar votos» e ameaça voltar-se para os sociais-democratas, quiçá mais compreensivos com as suas necessidades.