Fosso aprofundado
Em França, uma pequena minoria de ricos, 5800 pessoas ao todo, aufere rendimentos entre cerca de 690 mil e mais de 13 milhões de euros por ano, ao passo que oito milhões de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza.
A riqueza concentra-se cada vez mais nas mãos de uma elite
As desigualdades sociais agravaram-se significativamente nos últimos anos em França, um dos países mais ricos do mundo. Segundo um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INSEE), entre 2004 e 2007, período anterior à crise, os rendimentos do trabalho progrediram apenas 11 por cento, ao mesmo tempo que os rendimentos do património ou excepcionais subiram 46 e 55 por cento respectivamente.
Num país com 65,5 milhões de habitantes, uma fina camada de um por cento da população aufere rendimentos entre 84 500 euros e mais de 13 milhões/ano. No entanto, entre os mais favorecidos, as diferenças são colossais. Assim, 384 mil indivíduos têm rendimentos declarados superiores a 100 mil euros/ano, mas são já só 5800 os que entram no patamar acima dos 690 mil euros/ano.
Outros dados apontam para uma crescente concentração da riqueza. O estudo, divulgado dia 1, indica, por exemplo, que dez por cento dos mais ricos (cerca de 65 mil indivíduos) arrecadam um quarto dos rendimentos das actividades declaradas, cerca de dois terços dos rendimentos do património e mais de quatro quintos dos rendimentos excepcionais, que são constituídos em cerca de 90 por cento por ganhos de valores mobiliários.
O avanço da pobreza
Mas enquanto, as camadas abastadas aumentaram a sua riqueza, 90 por cento dos franceses não conheceram qualquer melhoria do nível de vida no período analisado.
Pelo contrário, a categoria dos dez por cento da população com menores rendimentos, isto é, até dez mil euros/ano, aumentou 1,9 por cento entre 2006 e 2007. Em contrapartida, apenas 1,3 por cento conseguiram entrar no universo heterogéneo dos dez por cento «mais abastados» (6,5 milhões de pessoas), isto é, com rendimentos acima de 34 mil euros ano.
No fim da escala, está uma enorme massa de pobres em franco crescimento. Entre 2006 e 2007, a percentagem da população abaixo do limiar da pobreza aumentou de 13,1 para 13,4 por cento. O agravamento da pobreza torna-se no entanto mais visível se comparado com o ano de 2005, quando a parte da população nesta situação era de 12,1 por cento. Em 2007 o INSEE recenseou um total de oito milhões as pessoas com um rendimento abaixo de 60 por cento da mediana, isto é, menos de 908 euros mensais.
A pobreza afectava 30 por cento das pessoas que viviam em famílias monoparentais e atingia particularmente os imigrantes, 36 por cento dos quais estavam em situação de pobreza.
Num país com 65,5 milhões de habitantes, uma fina camada de um por cento da população aufere rendimentos entre 84 500 euros e mais de 13 milhões/ano. No entanto, entre os mais favorecidos, as diferenças são colossais. Assim, 384 mil indivíduos têm rendimentos declarados superiores a 100 mil euros/ano, mas são já só 5800 os que entram no patamar acima dos 690 mil euros/ano.
Outros dados apontam para uma crescente concentração da riqueza. O estudo, divulgado dia 1, indica, por exemplo, que dez por cento dos mais ricos (cerca de 65 mil indivíduos) arrecadam um quarto dos rendimentos das actividades declaradas, cerca de dois terços dos rendimentos do património e mais de quatro quintos dos rendimentos excepcionais, que são constituídos em cerca de 90 por cento por ganhos de valores mobiliários.
O avanço da pobreza
Mas enquanto, as camadas abastadas aumentaram a sua riqueza, 90 por cento dos franceses não conheceram qualquer melhoria do nível de vida no período analisado.
Pelo contrário, a categoria dos dez por cento da população com menores rendimentos, isto é, até dez mil euros/ano, aumentou 1,9 por cento entre 2006 e 2007. Em contrapartida, apenas 1,3 por cento conseguiram entrar no universo heterogéneo dos dez por cento «mais abastados» (6,5 milhões de pessoas), isto é, com rendimentos acima de 34 mil euros ano.
No fim da escala, está uma enorme massa de pobres em franco crescimento. Entre 2006 e 2007, a percentagem da população abaixo do limiar da pobreza aumentou de 13,1 para 13,4 por cento. O agravamento da pobreza torna-se no entanto mais visível se comparado com o ano de 2005, quando a parte da população nesta situação era de 12,1 por cento. Em 2007 o INSEE recenseou um total de oito milhões as pessoas com um rendimento abaixo de 60 por cento da mediana, isto é, menos de 908 euros mensais.
A pobreza afectava 30 por cento das pessoas que viviam em famílias monoparentais e atingia particularmente os imigrantes, 36 por cento dos quais estavam em situação de pobreza.