Conselho da Europa acusa OMS de alarmismo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e os laboratórios farmacêuticos foram acusados de alarmismo sobre os riscos da gripe A (H1N1), durante uma audiência na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE), realizada na segunda-feira, 29.
A Assembleia, que prepara um documento sobre a gestão da epidemia de gripe A, criticou igualmente os peritos que aconselham a OMS e vários governos, assim como os meios de comunicação.
«Houve uma manipulação e uma encenação» por parte da OMS, acusou a deputada ecologista francesa Michèle Rivasi, considerando que a gripe A foi «a crónica de uma pandemia anunciada» sob a qual se esconderam interesses económicos da indústria farmacêutica. Rivasi lembrou que os laboratórios farmacêuticos impuseram aos governos preços pelas vacinas da gripe A dez vezes superiores aos das vacinas normais, avisando que, se a OMS fizer depender o seu financiamento da venda de vacinas, «não haverá só uma pandemia anual, mas umas vinte».
A ministra polaca da Saúde, Ewa Kopacz, sublinhou que os governos «não devem ser reféns dos laboratórios», explicando que a Polónia decidiu recusar encomendas de vacinas contra a pandemia por causa das condições impostas pela indústria, que pareceram «pelo menos duvidosas». Kopacz afirmou que os laboratórios recusaram assumir a responsabilidade por quaisquer efeitos nefastos das vacinas.
O perito em doenças infecciosas e membro da Academia Francesa de Medicina Marc Gentilini afirmou que não só a OMS «se enganou» ao comparar esta epidemia com a gripe espanhola de 1918, como «toda a organização se mobilizou para este problema», em detrimento do combate a outras doenças a que se atribui muito menos dinheiro e causam muito mais vítimas, como a malária, que provoca um milhão de mortos por ano.
Apesar de ter sido convidada para participar na audiência, a OMS justificou-se com a falta de representantes disponíveis, prometendo responder às questões levantadas no próximo mês.
A Assembleia, que prepara um documento sobre a gestão da epidemia de gripe A, criticou igualmente os peritos que aconselham a OMS e vários governos, assim como os meios de comunicação.
«Houve uma manipulação e uma encenação» por parte da OMS, acusou a deputada ecologista francesa Michèle Rivasi, considerando que a gripe A foi «a crónica de uma pandemia anunciada» sob a qual se esconderam interesses económicos da indústria farmacêutica. Rivasi lembrou que os laboratórios farmacêuticos impuseram aos governos preços pelas vacinas da gripe A dez vezes superiores aos das vacinas normais, avisando que, se a OMS fizer depender o seu financiamento da venda de vacinas, «não haverá só uma pandemia anual, mas umas vinte».
A ministra polaca da Saúde, Ewa Kopacz, sublinhou que os governos «não devem ser reféns dos laboratórios», explicando que a Polónia decidiu recusar encomendas de vacinas contra a pandemia por causa das condições impostas pela indústria, que pareceram «pelo menos duvidosas». Kopacz afirmou que os laboratórios recusaram assumir a responsabilidade por quaisquer efeitos nefastos das vacinas.
O perito em doenças infecciosas e membro da Academia Francesa de Medicina Marc Gentilini afirmou que não só a OMS «se enganou» ao comparar esta epidemia com a gripe espanhola de 1918, como «toda a organização se mobilizou para este problema», em detrimento do combate a outras doenças a que se atribui muito menos dinheiro e causam muito mais vítimas, como a malária, que provoca um milhão de mortos por ano.
Apesar de ter sido convidada para participar na audiência, a OMS justificou-se com a falta de representantes disponíveis, prometendo responder às questões levantadas no próximo mês.