Lutador pela verdade e a justiça
Foram muitos aqueles que quiseram estar presentes no funeral do Coronel José Inácio Costa Martins, no dia 10 de Março, no Cemitério dos Olivais. Antes, durante o velório, na Igreja de Cristo Rei, na Portela, muitos outros - militares, amigos, sindicalistas, pessoas anónimas - quiseram despedir-se e evocar o «Capitão de Abril» que teve um «inapagável papel» na «concretização da acção militar e na concretização do Programa do MFA», e «cuja coragem, dinamismo e empenhamento tiveram particular relevância na concretização de muitas conquistas sociais alcançadas pelos trabalhadores e pelo povo português», como recordou o PCP, numa nota divulgada dia 8.
No funeral, o Partido fez-se representar por uma delegação, composta por José Casanova e Carlos Carvalhas, membros do Comité Central. O Secretário-geral, Jerónimo de Sousa, esteve no velório, expressando condolências aos familiares.
Após a chegada do cortejo fúnebre ao cemitério, o Almirante Martins Guerreiro, como camarada de armas, e o Major-General Costa Neves, a pedido da família, enalteceram a figura de Costa Martins, que foi membro da Comissão Coordenadora do MFA, do Conselho de Estado, do Conselho da Revolução e do Conselho dos Vinte, e também ministro do Trabalho dos II, III, IV e V governos provisórios.
Costa Martins nasceu em 1938, em São Bartolomeu de Messines (Silves), e entrou, em 1956, na Força Aérea para cumprir o serviço militar obrigatório. Dois anos depois, manifestou o seu apoio à candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República. Numa biografia, da autoria de Costa Neves, publicada em 2009, no catálogo da exposição «Notáveis Messinenses», o Major-General recorda ainda que Costa Martins tomou a seu cargo a garantia de que a canção «E Depois do Adeus» seria emitida, como senha, pelos Emissores Associados de Lisboa, às 22.55 horas de 24 de Abril de 1974. Lembra ainda como na noite da revolução, o então Major tomou, sozinho, a Unidade Militar da Força Aérea, no Aeroporto de Lisboa.
A partir do 25 de Novembro de 1975 foi desencadeada forte perseguição contra Costa Martins. Regressou a Portugal, depois de ter vivido em Angola, em 1978 e iniciou uma longa batalha judicial contra o CEMFA e contra o Estado português, até que o Supremo Tribunal Administrativo declarou nula a sua demissão da Força Aérea. Costa Martins foi reintegrado, em 1992, no posto de Coronel e colocado no Estado-Maior da Força Aérea. Em 1996 passou à situação de reserva e em 2000 à situação de reforma. Por várias vezes, tomou publicamente posição para repor a verdade, quer quanto ao seu papel e de outros militares, no processo revolucionário, quer quanto ao rumo que defendia consequentemente para o País, na linha dos ideais que moveram os mais genuínos e empenhados militares do Movimento das Forças Armadas.
No funeral, o Partido fez-se representar por uma delegação, composta por José Casanova e Carlos Carvalhas, membros do Comité Central. O Secretário-geral, Jerónimo de Sousa, esteve no velório, expressando condolências aos familiares.
Após a chegada do cortejo fúnebre ao cemitério, o Almirante Martins Guerreiro, como camarada de armas, e o Major-General Costa Neves, a pedido da família, enalteceram a figura de Costa Martins, que foi membro da Comissão Coordenadora do MFA, do Conselho de Estado, do Conselho da Revolução e do Conselho dos Vinte, e também ministro do Trabalho dos II, III, IV e V governos provisórios.
Costa Martins nasceu em 1938, em São Bartolomeu de Messines (Silves), e entrou, em 1956, na Força Aérea para cumprir o serviço militar obrigatório. Dois anos depois, manifestou o seu apoio à candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República. Numa biografia, da autoria de Costa Neves, publicada em 2009, no catálogo da exposição «Notáveis Messinenses», o Major-General recorda ainda que Costa Martins tomou a seu cargo a garantia de que a canção «E Depois do Adeus» seria emitida, como senha, pelos Emissores Associados de Lisboa, às 22.55 horas de 24 de Abril de 1974. Lembra ainda como na noite da revolução, o então Major tomou, sozinho, a Unidade Militar da Força Aérea, no Aeroporto de Lisboa.
A partir do 25 de Novembro de 1975 foi desencadeada forte perseguição contra Costa Martins. Regressou a Portugal, depois de ter vivido em Angola, em 1978 e iniciou uma longa batalha judicial contra o CEMFA e contra o Estado português, até que o Supremo Tribunal Administrativo declarou nula a sua demissão da Força Aérea. Costa Martins foi reintegrado, em 1992, no posto de Coronel e colocado no Estado-Maior da Força Aérea. Em 1996 passou à situação de reserva e em 2000 à situação de reforma. Por várias vezes, tomou publicamente posição para repor a verdade, quer quanto ao seu papel e de outros militares, no processo revolucionário, quer quanto ao rumo que defendia consequentemente para o País, na linha dos ideais que moveram os mais genuínos e empenhados militares do Movimento das Forças Armadas.