Factura rejeitada
O povo islandês rejeitou massivamente pagar as dívidas do banco Icesave aos aforradores britânicos e holandeses afectados pela falência da instituição financeira.
Povo recusa dívidas de banco falido
No referendo realizado no sábado, 6, mais de 93 por cento dos cerca de 230 mil eleitores da ilha pronunciaram-se contra o acordo que previa o pagamento 2,5 mil milhões de euros ao Reino Unido e de 1,3 mil milhões à Holanda. Apenas 1,8 por cento dos votantes se manifestaram favoravelmente à medida aprovada em Dezembro pelo parlamento.
A lei Icesave provocou um inédito movimento de protesto popular. A par das persistentes manifestações, foram recolhidas 60 mil assinaturas (25 por cento dos eleitores) pedindo a anulação daquele acordo leonino, que obrigava o pequeno país a pagar 3,8 mil milhões de euros (equivalente a dois terços do PIB), num prazo de 15 anos, acrescidos de um juro de 5,5 por cento.
Finalmente, o presidente do país, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou-se a promulgar a lei e convocou um referendo como solução para o impasse. Nos últimos dias, tanto a Grã-Bretanha como a Holanda «ofereceram» condições melhoradas; todavia o povo islandês deixou claro que não está disposto a pagar uma dívida contraída pelo capital privado.
O resultado da consulta constituiu uma séria derrota para o governo social-democrata, liderado por Jóhanna Sigurdardóttir. A primeira-ministra islandesa, que anunciou previamente que não iria votar, procurou desvalorizar o referendo, considerando que a questão estava ultrapassada pelo avanço das negociações.
A lei Icesave provocou um inédito movimento de protesto popular. A par das persistentes manifestações, foram recolhidas 60 mil assinaturas (25 por cento dos eleitores) pedindo a anulação daquele acordo leonino, que obrigava o pequeno país a pagar 3,8 mil milhões de euros (equivalente a dois terços do PIB), num prazo de 15 anos, acrescidos de um juro de 5,5 por cento.
Finalmente, o presidente do país, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou-se a promulgar a lei e convocou um referendo como solução para o impasse. Nos últimos dias, tanto a Grã-Bretanha como a Holanda «ofereceram» condições melhoradas; todavia o povo islandês deixou claro que não está disposto a pagar uma dívida contraída pelo capital privado.
O resultado da consulta constituiu uma séria derrota para o governo social-democrata, liderado por Jóhanna Sigurdardóttir. A primeira-ministra islandesa, que anunciou previamente que não iria votar, procurou desvalorizar o referendo, considerando que a questão estava ultrapassada pelo avanço das negociações.