Vaga de contestação
Para ontem, dia 10, a central sindical PAME (Frente Militante de Trabalhadores) tinha convocado uma greve geral na Grécia que contava com a adesão de uma série de organizações sindicais, nos sectores agro-alimentar e bebidas, imprensa e livro, contabilistas, construção civil, metalurgia, comércio, entre muitos outros.
A acção foi decidida na primeira quinzena de Janeiro, num plenário nacional com 300 representantes de todo o país, como resposta à ofensiva antilaboral e anti-social desencadeada pelo governo «socialista» de Yorgos Papandreou.
Desde que entrou em funções, em Outubro passado, o novo executivo lançou uma série de medidas impopulares a pretexto de recuperar a degradada situação financeira do país. O seu «programa de estabilidade» prevê aumentos substanciais de impostos, directos e indirectos, a redução dos direitos de segurança social, designadamente o aumento da idade da reforma para os 65 anos, que para as mulheres representa mais cinco anos e para certas camadas de trabalhadores mais 15 anos, ao mesmo tempo que pretende impor o congelamento salarial na função pública para remunerações superiores a 1800 euros e eliminar uma série de prestações sociais.
Face a um ataque tão duro, a própria direcção reformista da Confederação Geral dos Trabalhadores (GSEE), que tem procurado conter as mobilizações laborais, como por exemplo na última greve da PAME de 17 de Dezembro, foi obrigada a convocar uma paralisação para o próximo dia 24.
Às lutas nas fábricas, empresas e serviços do Estado soma-se um amplo movimento reivindicativo dos pequenos e médios agricultores gregos, que há várias semanas realizam bloqueios de estrada em mais de duas dezenas de locais, designadamente na fronteira com a Bulgária e parcialmente junto ao aeroporto de Salónica.
O governo do PASOK, que ganhou as eleições prometendo aumentar os impostos aos ricos para ajudar os pobres, já acusa a pressão da rua. Na passada semana, Papandreou pediu apoio aos líderes parlamentares, considerando que «já não temos margem para soluções a curto prazo» e que o país «não está em condições de aguentar mais greves».
A acção foi decidida na primeira quinzena de Janeiro, num plenário nacional com 300 representantes de todo o país, como resposta à ofensiva antilaboral e anti-social desencadeada pelo governo «socialista» de Yorgos Papandreou.
Desde que entrou em funções, em Outubro passado, o novo executivo lançou uma série de medidas impopulares a pretexto de recuperar a degradada situação financeira do país. O seu «programa de estabilidade» prevê aumentos substanciais de impostos, directos e indirectos, a redução dos direitos de segurança social, designadamente o aumento da idade da reforma para os 65 anos, que para as mulheres representa mais cinco anos e para certas camadas de trabalhadores mais 15 anos, ao mesmo tempo que pretende impor o congelamento salarial na função pública para remunerações superiores a 1800 euros e eliminar uma série de prestações sociais.
Face a um ataque tão duro, a própria direcção reformista da Confederação Geral dos Trabalhadores (GSEE), que tem procurado conter as mobilizações laborais, como por exemplo na última greve da PAME de 17 de Dezembro, foi obrigada a convocar uma paralisação para o próximo dia 24.
Às lutas nas fábricas, empresas e serviços do Estado soma-se um amplo movimento reivindicativo dos pequenos e médios agricultores gregos, que há várias semanas realizam bloqueios de estrada em mais de duas dezenas de locais, designadamente na fronteira com a Bulgária e parcialmente junto ao aeroporto de Salónica.
O governo do PASOK, que ganhou as eleições prometendo aumentar os impostos aos ricos para ajudar os pobres, já acusa a pressão da rua. Na passada semana, Papandreou pediu apoio aos líderes parlamentares, considerando que «já não temos margem para soluções a curto prazo» e que o país «não está em condições de aguentar mais greves».