Milhares de pessoas saem à rua em Bilbau
Dezenas de milhares de pessoas denunciaram, numa manifestação em Bilbau, a 2 de Janeiro, a política prisional «criminosa» a que estão sujeitos os presos políticos bascos.
Um mar de gente a reivindicar os direitos dos presos políticos bascos
A manifestação, que segundo a agência Gara reuniu pelo menos 44 000 pessoas, foi uma impressionante resposta de massas ao veto imposto pela Audiência Nacional espanhola à convocatória feita pela associação de familiares de presos políticos, Etxerat. Um veto a que distintas forças políticas – EA, Aralar, AB, Alternatiba e a izquierda abertzale (esquerda patriótica) – responderam com uma nova convocatória que resultou na maior manifestação realizada nos últimos anos em Euskal Herria (País Basco).
Quando de Madrid chegou a informação de que a manifestação não seria proibida, minutos antes de arrancar o desfile, já as principais ruas de Bilbau eram um mar de gente a reivindicar os direitos dos presos políticos bascos.
A dispersão, o isolamento, as agressões, as transferências «arbitrárias», a intervenção ou o veto nas comunicações, a imposição de «prisão perpétua», os milhares de quilómetros a percorrer, os acidentes, os controlos policiais... são apenas alguns dos tormentos de que padecem as 746 pessoas que constituem o Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK) e respectivas famílias, denunciados durante a manifestação. Os promotores da iniciativa, sublinhando a forma como os estados espanhol e francês tratam os presos políticos, lembraram ainda as medidas que vêm sendo tomadas para impedir e silenciar a solidariedade com os encarcerados, de que é exemplo o veto à convocatória feita pela Etxerat. O testemunho dos familiares chegou pela voz de dois representantes, que aproveitaram a oportunidade para dar a conhecer o calendário de acção que se propõem desenvolver no corrente ano.
«O ano de 2010 tem de ser o ano dos compromissos concretos. Vamos pedir compromissos concretos e exequíveis aos diferentes agentes sociais, sindicais e políticos do país. Entre todos e todas formamos uma ampla maioria. Por isso, é altura de passar das palavras aos actos», afirmou um familiar, acrescentando que paralelamente vão continuar o seu trabalho diário de dar testemunho directo da situação dos seus presos. «Está na hora de acabar com esta interminável chantagem imposta pela criminosa política penitenciária vigente», disse, apontando a solução para o problema: compromisso, juntar forças, trabalho quotidiano, denúncia e solidariedade.
Novas formas de luta
Dois dias depois da manifestação, o EPPK divulgou um comunicado em que anuncia as novas formas de luta que se propõe desenvolver. De acordo com o documento (disponível em gara), o Colectivo reivindica, entre outros aspectos, o respeito pelo seu «Estatuto Político» e exige a «libertação dos que já cumpriram as suas condenações e dos que se encontram gravemente doentes, bem como o fim das situações de isolamento». Além disso, tendo como objectivo a amnistia, exigem o «fim da política de dispersão» [dos presos] e o seu «reagrupamento no País Basco».
A partir desta semana, tanto nas prisões espanholas como nas francesas, o EPPK vai levar a cabo novas formas de luta, designadamente greves de fome.
Quando de Madrid chegou a informação de que a manifestação não seria proibida, minutos antes de arrancar o desfile, já as principais ruas de Bilbau eram um mar de gente a reivindicar os direitos dos presos políticos bascos.
A dispersão, o isolamento, as agressões, as transferências «arbitrárias», a intervenção ou o veto nas comunicações, a imposição de «prisão perpétua», os milhares de quilómetros a percorrer, os acidentes, os controlos policiais... são apenas alguns dos tormentos de que padecem as 746 pessoas que constituem o Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK) e respectivas famílias, denunciados durante a manifestação. Os promotores da iniciativa, sublinhando a forma como os estados espanhol e francês tratam os presos políticos, lembraram ainda as medidas que vêm sendo tomadas para impedir e silenciar a solidariedade com os encarcerados, de que é exemplo o veto à convocatória feita pela Etxerat. O testemunho dos familiares chegou pela voz de dois representantes, que aproveitaram a oportunidade para dar a conhecer o calendário de acção que se propõem desenvolver no corrente ano.
«O ano de 2010 tem de ser o ano dos compromissos concretos. Vamos pedir compromissos concretos e exequíveis aos diferentes agentes sociais, sindicais e políticos do país. Entre todos e todas formamos uma ampla maioria. Por isso, é altura de passar das palavras aos actos», afirmou um familiar, acrescentando que paralelamente vão continuar o seu trabalho diário de dar testemunho directo da situação dos seus presos. «Está na hora de acabar com esta interminável chantagem imposta pela criminosa política penitenciária vigente», disse, apontando a solução para o problema: compromisso, juntar forças, trabalho quotidiano, denúncia e solidariedade.
Novas formas de luta
Dois dias depois da manifestação, o EPPK divulgou um comunicado em que anuncia as novas formas de luta que se propõe desenvolver. De acordo com o documento (disponível em gara), o Colectivo reivindica, entre outros aspectos, o respeito pelo seu «Estatuto Político» e exige a «libertação dos que já cumpriram as suas condenações e dos que se encontram gravemente doentes, bem como o fim das situações de isolamento». Além disso, tendo como objectivo a amnistia, exigem o «fim da política de dispersão» [dos presos] e o seu «reagrupamento no País Basco».
A partir desta semana, tanto nas prisões espanholas como nas francesas, o EPPK vai levar a cabo novas formas de luta, designadamente greves de fome.