O discurso repetido de Sarkozy
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, surpreendeu a imprensa e o país com o seu discurso sobre a agricultura, pronunciado no dia 27, em Poligny, no departamento do Jura.
Num momento em que o sector agrícola atravessa uma gravíssima crise e sérias convulsões sociais, esperava-se do chefe de Estado medidas, soluções de futuro. Mas o que se ouviu, é certo que sem surpresa para muitos, foram sobretudo generalidades, arrematadas no final com mais algumas ajudas do Estado para calar os protestos e esconder os problemas de fundo.
O caso não teria história não fosse essas generalidades terem sido literalmente decalcadas do discurso presidencial sobre o mesmo assunto, feito em 19 de Fevereiro em Daumeray (Maine-et-Loire), o que provocou a tão francesa sensação do «déjà vu».
Foi o que sucedeu, por exemplo, com a sua definição de agricultor: «Um líder empresarial que deve adaptar-se constantemente ao ambiente, aos mercados, às tecnologias, às regulamentações». Ou ainda com a lapidar frase: «A palavra “terra” tem um significado francês e eu fui eleito para defender a identidade nacional francesa».
Apesar de ter dito exactamente as mesmas palavras há oito meses, Sarkozy teria provavelmente escapado ao enxovalho dos media se não tivesse manifestado, com insistência, o seu apoio inabalável ao ministro da Agricultura.
Tal como em Fevereiro, Sarkozy declarou «uma total confiança» em Michel Barnier. Fê-lo duas vezes com a convicção que lhe é característica. Só que, desde Junho, o ministro da Agricultura já não é Michel Barnier, mas sim Bruno Le Maire, que o substituiu na última remodelação governamental.
Num momento em que o sector agrícola atravessa uma gravíssima crise e sérias convulsões sociais, esperava-se do chefe de Estado medidas, soluções de futuro. Mas o que se ouviu, é certo que sem surpresa para muitos, foram sobretudo generalidades, arrematadas no final com mais algumas ajudas do Estado para calar os protestos e esconder os problemas de fundo.
O caso não teria história não fosse essas generalidades terem sido literalmente decalcadas do discurso presidencial sobre o mesmo assunto, feito em 19 de Fevereiro em Daumeray (Maine-et-Loire), o que provocou a tão francesa sensação do «déjà vu».
Foi o que sucedeu, por exemplo, com a sua definição de agricultor: «Um líder empresarial que deve adaptar-se constantemente ao ambiente, aos mercados, às tecnologias, às regulamentações». Ou ainda com a lapidar frase: «A palavra “terra” tem um significado francês e eu fui eleito para defender a identidade nacional francesa».
Apesar de ter dito exactamente as mesmas palavras há oito meses, Sarkozy teria provavelmente escapado ao enxovalho dos media se não tivesse manifestado, com insistência, o seu apoio inabalável ao ministro da Agricultura.
Tal como em Fevereiro, Sarkozy declarou «uma total confiança» em Michel Barnier. Fê-lo duas vezes com a convicção que lhe é característica. Só que, desde Junho, o ministro da Agricultura já não é Michel Barnier, mas sim Bruno Le Maire, que o substituiu na última remodelação governamental.