MUSP alerta para privatização de serviços

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), aproveitando o início do novo ciclo político, alertou para a necessidade de deixar de parte as «erradas» políticas dos sucessivos governos e desenvolver outras «que tenham em consideração os direitos dos trabalhadores e utentes dos serviços públicos».
«Para promover o desenvolvimento equilibrado do País são necessárias políticas para pôr cobro às assimetrias regionais, cada vez mais acentuadas e que são causadoras da desertificação, que acabem com as injustiças sociais para reduzir a pobreza cada vez maior e de contornos mais graves», afirma o MUSP, que exige, entre outras medidas, o fim dos «processos de privatização em curso, particularmente da administração pública, áreas da saúde, transportes e água».
Em suma, o movimento de utentes exige ao novo Governo «a aplicação de medidas e políticas que cortem com o passado, promovendo outras que ajudem a resolver os grandes e graves problemas com que a maioria dos trabalhadores, reformados, pensionistas e famílias portuguesas se debatem actualmente».

Aumento dos combustíveis

No dia 21 de Outubro, o MUSP denunciou o facto de as empresas petrolíferas continuarem a actuar de «forma impune», «promovendo os aumentos dos combustíveis quando muito bem entendem e nos valores que melhor servem os seus interesses e os seus fabulosos lucros».
«É por demais evidente que os aumentos dos combustíveis acontecem não em função das oscilações dos preços de mercado, porque também tinham que diminuir os seus preços, situação que regra geral não acontece, mas porque as empresas petrolíferas, aproveitando-se da inércia e da não tomada de medidas e decisões concretas por parte do Governo, sentem que têm caminho livre para continuarem com tão grande quanto grave escândalo», acusa o movimento, considerando que «é chegada a altura de o Governo dizer basta e tomar as medidas que são necessárias e se impõem para que as empresas petrolíferas, de uma vez por todas, deixem de impor a sua lei e vontade e sejam submetidas ao cumprimento de regras e leis da responsabilidade do Governo, que tenham em conta a realidade económica do País e os rendimentos da maioria das famílias portuguesas».

Utentes contestam privatização do HLA
«Continuar a lutar»

Depois de tomar conhecimento da publicação em Diário da República da passagem a gestão do Hospital do Litoral Alentejano (HLA) para Entidade Pública Empresarial, a Comissão de Utentes de Saúde da Freguesia de Santiago do Cacém manifestou, em nota de imprensa, o seu «descontentamento» e «repúdio» pela decisão do Governo, pois «o capital estatutário é de sete milhões de euros, quando o HLA (no sector público administrativo) recebia mais do dobro (14 446 542,47 euros)».
«O Governo/Ministério da Saúde vem dar razão à comissão de utentes que sempre lutou contra esta decisão, pois, desta forma, está a pôr em causa o futuro desta instituição», salienta o documento enviado às redacções, defendendo, em oposição, a integração no Plano Estratégico do Hospital do Litoral Alentejano a «maternidade», o «cumprimento no tempo de atendimento da triagem de Manchester», a «melhoria no funcionamento no Serviço de Urgência de Pediatria», «colocar o internamento de pediatria em funcionamento», «diminuir o tempo de espera nas consultas de cardiologia, quer no próprio dia quer para obter uma consulta» e «alterar o percurso do autocarro, para efectuar a paragem junto à porta das consultas externas».


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