Exigir emprego, direitos e salários

Com o apoio e a força da CGTP-IN, cada vez mais trabalhadores ameaçados pelo desemprego ou com remunerações em atraso adoptam formas de luta em defesa dos seus direitos.
Na Saint Gobain Glass, em Santa Iria da Azóia, Loures, está agendado, para hoje, um plenário para os trabalhadores decidirem o que fazer para que a empresa lhes confirme ou não a manutenção dos postos de trabalho.
Dos 126 trabalhadores, 75 deles estão em situação de lay-off desde o dia 1 de Maio, mas segundo o Sindicato da Indústria Vidreira, a empresa ainda não deu qualquer sinal que garanta a retoma da laboração.
Parte fundamental da produção de chapa de vidro é o forno da empresa que continua por reparar e sem o qual é impossível a Saint Gobain produzir e levantar a suspensão do trabalho, cujo prazo termina no dia 31 de Outubro. A reparação do forno demora um mínimo de três e um máximo de seis meses, mas ainda não se iniciou, deixando sindicato e trabalhadores apreensivos quanto ao futuro da empresa e dos postos de trabalho.
Os trabalhadores da EMEL, em Lisboa, em luta pelo Acordo de Empresa há quatro anos efectuaram um plenário, dia 9, na empresa, e aprovaram uma resolução onde exigiram a continuação do regime de 30 horas semanais em cinco dias por semana, para os operacionais, e de 35 horas semanais, para os quadros administrativos e outros, e deram um prazo de 30 dias para a conclusão das negociações relativas ao Acordo de Empresa. A partir dessa data, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, CESP/CGTP-IN, ficou mandatado para adoptar as formas de luta que considere adequadas.
«A administração tenta aumentar o horário de trabalho para as 40 horas semanais», alertaram os trabalhadores, na resolução que responsabilizou a Câmara Municipal de Lisboa e exigiu o seu empenho para se obter uma rápida conclusão do processo negocial, e a resolução de problemas relacionados com as condições de segurança e higiene no trabalho.
No Pingo Doce da Avenida Luísa Tody, em Setúbal, representantes do CESP efectuaram uma «concentração-denúncia de protesto» contra o comportamento do Grupo Jerónimo Martins. Ainda não lhes foram pagas as actualizações salariais respeitantes aos meses entre Janeiro e Abril de 2008, e a empresa não está a respeitar a lei relativa à organização dos tempos de trabalho, acusou o sindicato.
Concentrados junto do Ministério da Economia, pela manhã, e do Ministério do Trabalho, à tarde, os trabalhadores da cerâmica Louçarte, de Valado de Frades, na Nazaré, exigiram anteontem, em Lisboa, a intervenção do Governo para garantir o pagamento dos três meses de salários em atraso e o subsídio de férias em consequência de má gestão, acusou o Sindicato dos Trabalhadores da Cerâmica do Centro. A deslocação a Lisboa ocorreu depois de os trabalhadores terem cumprido cinco dias de greve, em Setembro.


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