Governo derrotado
O governo conservador de Costas Caramanlis sofreu uma pesada derrota nas eleições antecipadas, de domingo, 4, na Grécia, cedendo o leme aos «socialistas» do PASOK que obtiveram uma expressiva maioria absoluta.
Os comunistas resistem e elegem 21 deputados
Enfraquecido pelos escândalos e má governação, confrontado com uma contestação social crescente às reformas anti-sociais, os conservadores da Nova Democracia (ND) lançaram a toalha ao tapete a meio do mandato, optando eleições antecipadas.
Quaisquer que tenham sido os seus cálculos baseados em sondagens de opinião, a ND registou o pior resultado da sua história, perdendo 61 dos 152 deputados, perto de 700 mil votos e descendo de 41,84 por cento, obtidos em 2007, para 33,48 por cento.
Em sentido inverso, os «socialistas» do PASOK elegeram 160 deputados (+58), subindo para 43,92 por cento (38,10% em 2007), com mais cerca de 285 mil votos (3 milhões no total).
Na terceira posição, o Partido Comunista da Grécia (KKE) resistiu à vaga da alternância, conseguindo moderar o recuo eleitoral e consolidar no essencial a forte subida eleitoral registada nas eleições de 2007, altura em que quase duplicou o número de deputados, de 12 para 22, conquistou perto de 150 mil votos, passando de 5,89 por cento para 8,15 por cento.
Desta vez, porém, sofrendo os efeitos do «voto útil», o KKE perdeu um deputado (21 no total), cerca de 66 mil votos (517 mil ao todo) e pouco mais de meio ponto percentual (7,54%)
Pelo contrário, a extrema-direita (LAOS) aproveitou a derrota dos conservadores para eleger mais cinco deputados (10 em 2007), com de votos acima dos 380 mil (+115 mil) e uma percentagem de 5,63 por cento (+1,8%).
A coligação Syriza, por sua vez, perdeu um dos seus 14 deputados, cerca de 45 mil votos (315 mil no total) e quase meio ponto percentual (4,60% contra 5,04% em 2007).
Por último, os Verdes mais que duplicaram a votação, ganhando 98 mil votos (173 mil no total) e passando de 1,05 para 2,53 por cento, o que não foi suficiente para eleger deputados. A taxa de participação foi de 70,24% por cento.
«Mudança de capitão mas não de rumo»
Numa declaração feita na noite eleitoral de domingo, Aleka Papariga, secretária-geral do KKE, assinalou a «pesada derrota da ND», mas alertou que tal não significa uma mudança de política no país. «Há uma mudança de governo, mas não na política do governo. O navio mudou de “capitão”, mas não de rumo».
A líder dos comunistas gregos avisou que o plano europeu de recuperação da economia, apoiado tanto pela ND como pelo PASOK, significa que estão em preparação «medidas reaccionárias para uma mais dura exploração de classe», que têm como «primeiro alvo a segurança social». Papariga sublinhou que «ficará provado que a questão principal não é um governo forte, mas o nível de preparação do povo para repelir os ataques que se intensificarão nos anos mais próximos».
Quaisquer que tenham sido os seus cálculos baseados em sondagens de opinião, a ND registou o pior resultado da sua história, perdendo 61 dos 152 deputados, perto de 700 mil votos e descendo de 41,84 por cento, obtidos em 2007, para 33,48 por cento.
Em sentido inverso, os «socialistas» do PASOK elegeram 160 deputados (+58), subindo para 43,92 por cento (38,10% em 2007), com mais cerca de 285 mil votos (3 milhões no total).
Na terceira posição, o Partido Comunista da Grécia (KKE) resistiu à vaga da alternância, conseguindo moderar o recuo eleitoral e consolidar no essencial a forte subida eleitoral registada nas eleições de 2007, altura em que quase duplicou o número de deputados, de 12 para 22, conquistou perto de 150 mil votos, passando de 5,89 por cento para 8,15 por cento.
Desta vez, porém, sofrendo os efeitos do «voto útil», o KKE perdeu um deputado (21 no total), cerca de 66 mil votos (517 mil ao todo) e pouco mais de meio ponto percentual (7,54%)
Pelo contrário, a extrema-direita (LAOS) aproveitou a derrota dos conservadores para eleger mais cinco deputados (10 em 2007), com de votos acima dos 380 mil (+115 mil) e uma percentagem de 5,63 por cento (+1,8%).
A coligação Syriza, por sua vez, perdeu um dos seus 14 deputados, cerca de 45 mil votos (315 mil no total) e quase meio ponto percentual (4,60% contra 5,04% em 2007).
Por último, os Verdes mais que duplicaram a votação, ganhando 98 mil votos (173 mil no total) e passando de 1,05 para 2,53 por cento, o que não foi suficiente para eleger deputados. A taxa de participação foi de 70,24% por cento.
«Mudança de capitão mas não de rumo»
Numa declaração feita na noite eleitoral de domingo, Aleka Papariga, secretária-geral do KKE, assinalou a «pesada derrota da ND», mas alertou que tal não significa uma mudança de política no país. «Há uma mudança de governo, mas não na política do governo. O navio mudou de “capitão”, mas não de rumo».
A líder dos comunistas gregos avisou que o plano europeu de recuperação da economia, apoiado tanto pela ND como pelo PASOK, significa que estão em preparação «medidas reaccionárias para uma mais dura exploração de classe», que têm como «primeiro alvo a segurança social». Papariga sublinhou que «ficará provado que a questão principal não é um governo forte, mas o nível de preparação do povo para repelir os ataques que se intensificarão nos anos mais próximos».