Desemprego exige ruptura política

«A propalada estabilidade da evolução do desemprego não passa de uma mistificação» e, «ao contrário do que o primeiro-ministro afirmou, o combate ao desemprego não passa pelo “sangue frio”, mas pela ruptura com as políticas seguidas e a implementação de um conjunto de medidas que reforcem, no imediato, a protecção social dos desempregados, dinamizem a economia, com vista à criação de mais e melhor emprego, e respondam às necessidades e anseios dos trabalhadores e dos seus agregados familiares» - comentou a CGTP-IN, na semana passada.
Reagindo aos dados do IEFP sobre os número de trabalhadores inscritos nos Centros de Emprego, a central notou que eles «revelam um agravamento generalizado quer em termos homólogos, quer no que diz respeito à variação mensal», com mais 114 907 desempregados que em Julho de 2008 e mais 6 863 que no mês de Junho. Refere ainda que os 60 160 desempregados inscritos durante o mês passado representam uma média de cerca de dois mil por dia. Não ocorreu agora o decréscimo devido ao emprego sazonal, que se verificou, de Junho para Julho, nos anos de 2005, 2006 e 2008, o que leva a Intersindical a admitir que o número de desempregado tenderá a agravar-se nos próximos meses.
Em Julho foram eliminados dos ficheiros do IEFP 46 835 inscritos, situação que a CGTP-IN exige que seja esclarecida.

Algarve

Para 17 de Setembro, a União dos Sindicatos do Algarve decidiu convocar um «cordão humano», em Faro. A estrutura distrital da CGTP-IN anunciou esta acção de luta, «como forma de continuação do protesto contra o crescimento do desemprego», num comunicado em que analisou os dados de Julho do IEFP, os quais situam na região o maior crescimento do desemprego registado em todo o País.
Em comparação com Julho do ano passado, o número de inscritos nos Centros de Emprego do Algarve mais do que duplicou (um aumento de 104,2 por cento). Os 17 063 desempregados de agora representam o pior registo oficial de desempregados desde 1990, tal como sucede com o crescimento absoluto (mais 8 708 inscritos do que no mês anterior).
Em percentagem, a diminuição de 2,6 por cento, relativamente a Junho, é a menor redução verificada nestes dois meses desde 1990.
A União exige que, neste período pré-eleitoral, o debate regional se centre em duas questões que considera fundamentais: um urgente «plano regional articulado de combate à crise» e um novo modelo de desenvolvimento, que «permita construir um novo futuro para o Algarve».


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