Blair sabia das torturas
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, «estava ao corrente» da política norte-americana de aplicar torturas a suspeitos de terrorismo, segundo revelou o jornal britânico The Guardian, na edição de dia 19.
O diário recorda que esta política foi adoptada na sequência dos atentados de 11 de Setembro e que os serviços secretos internos e externos do Reino Unido, MI5 e MI6, receberam instruções escritas, onde se sublinhava que os agentes não tinham nenhuma obrigação de impedir maus-tratos de prisioneiros por parte dos seus homólogos norte-americanos, apesar tais práticas lhes serem expressamente proibidas.
Também a obrigação de denunciar violências contra prisioneiros, estabelecida pela convenção contra a tortura das Nações Unidas, foi aligeirada nessa altura pelo governo britânico. As mesmas ordens referiam vagamente que os serviços secretos podiam apresentar queixa dos agentes norte-americanos «se as circunstâncias o permitissem».
Depois de terem sido publicadas em 2004 algumas fotos dos abusos cometidos na prisão de Abu Gharaib, no Iraque, o governo britânico decidiu alterar a política de fazer vista grossa às torturas, dando instruções precisas aos agentes de que deveriam informar se os detidos interrogados na sua presença estavam a ser sujeitos a «tratamentos inumanos ou degradantes».
Todavia, o jornal britânico afirma que actualmente os agentes do MI5 têm ordens para não voltar a interrogar uma pessoa que se queixe de ter sofrido torturas. Vários detidos britânicos suspeitos de terrorismo já antes haviam afirmado terem sido vítimas de torturas pouco antes de agentes do Reino Unido os interrogarem.
O diário recorda que esta política foi adoptada na sequência dos atentados de 11 de Setembro e que os serviços secretos internos e externos do Reino Unido, MI5 e MI6, receberam instruções escritas, onde se sublinhava que os agentes não tinham nenhuma obrigação de impedir maus-tratos de prisioneiros por parte dos seus homólogos norte-americanos, apesar tais práticas lhes serem expressamente proibidas.
Também a obrigação de denunciar violências contra prisioneiros, estabelecida pela convenção contra a tortura das Nações Unidas, foi aligeirada nessa altura pelo governo britânico. As mesmas ordens referiam vagamente que os serviços secretos podiam apresentar queixa dos agentes norte-americanos «se as circunstâncias o permitissem».
Depois de terem sido publicadas em 2004 algumas fotos dos abusos cometidos na prisão de Abu Gharaib, no Iraque, o governo britânico decidiu alterar a política de fazer vista grossa às torturas, dando instruções precisas aos agentes de que deveriam informar se os detidos interrogados na sua presença estavam a ser sujeitos a «tratamentos inumanos ou degradantes».
Todavia, o jornal britânico afirma que actualmente os agentes do MI5 têm ordens para não voltar a interrogar uma pessoa que se queixe de ter sofrido torturas. Vários detidos britânicos suspeitos de terrorismo já antes haviam afirmado terem sido vítimas de torturas pouco antes de agentes do Reino Unido os interrogarem.