A maioria da população não compareceu às urnas durante a segunda fase das eleições legislativas no país. Cerca de 4,6 milhões de haitianos estavam habilitados a votar na consulta realizada, domingo passado, em 11 dos 22 distritos do país, mas de acordo com testemunhos locais citados pela EFE, a taxa de participação ainda deve ser menor que a registada em Abril, quando apenas 11,2 por cento do total dos eleitores decidiu participar no sufrágio.
O presidente René Preval considera que os políticos devem reflectir sobre as razões da abstenção, mas rejeita que esta corresponda a uma adesão popular aos apelos de boicote feitos por forças políticas do país, e por organizações sociais envolvidos nas recentes lutas contra os baixos salários e a miséria.
Durante o dia, alguns incidentes ensombraram o acto. Confrontos entre partidários de diversas forças políticas resultaram num morto, mas as autoridades dizem, ainda assim, que não se registaram problemas significativos, embora nas ruas da capital, Port-au-Prince, as tropas da ONU tenham reforçado o habitual contingente que vigia as manifestações diárias da população residente nas favelas locais, relatou a AFP.