Massacre de civis no Afeganistão e Paquistão

Obama sem máscara

Cem dias depois da tomada de posse do presidente dos EUA, os bombardeamentos de civis no Afeganistão e Paquistão evidenciam que a nova estratégia prometida por Obama para a região é, afinal, gémea da seguida por Bush.

Bombardeamento mata 150 civis em Bala Baluk

Cinco de Maio de 2009 fica na história como o dia em que a máscara da «mudança» e do «humanismo» caiu definitivamente da face de Barack Obama. Entre as 17h00 e as 19h00 locais, em Bala Baluk, província de Farah Ocidental, 150 civis, entre os quais mulheres e crianças, foram massacrados pela aviação norte-americana. Cerca de 70 localidades ficaram total ou parcialmente arrasadas.
Mesmo que Washington e o governo títere de Cabul venham apresentar lamentos, mesmo que no relatório conjunto se recusem a confirmar o número de vítimas, os testemunhos das autoridades locais, as listas elaboradas pelos aldeões afegãos e os relatos da Cruz Vermelha Internacional não deixam dúvidas: este foi o pior incidente desde a invasão do Afeganistão e pelo vistos será mais um crime de guerra impune do imperialismo.
Do outro lado da fronteira, o cenário é idêntico. Depois de ter reunido na Casa Branca com Obama, o presidente paquistanês, Ali Zardari, recrudesceram os ataques no Vale do Swat. Islamabad acredita poder esmagar os talibans e, nos últimos dias, diz ter abatido 780 combatentes.
Desde o início deste mês, mais de 360 mil civis fugiram da região, juntando-se aos cerca de meio milhão já deslocados nos campos de refugiados da ONU. As Nações Unidas alertam para a gravidade da situação humanitária. Os populares encontram-se presos entre os bombardeamentos do exército e os grupos armados locais, e os combates não vão parar, de acordo com a estratégia delineada por Obama.


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