Os oficiais no activo «assistem ao que se vai passando, assoberbados, eles próprios, pelos problemas com que se debatem no reconhecimento do seu mérito e no desenvolvimento das respectivas carreiras, não vislumbrando, ainda por cima, indícios de qualquer vontade política que leve à sua resolução, contrariamente ao que sucedeu neste caso» - comentou a Associação de Oficiais das Forças Armadas, a propósito das notícias sobre a promoção por distinção do coronel Jaime Neves (já considerada pelo PCP como «uma afronta ao projecto libertador de Abril e aos que para ele deram uma contribuição convicta, audaz e empenhada»).
A AOFA considera que tal promoção «aparece um tanto deslocada no tempo» e terá «efeitos contraditórios», «potenciando conflitos éticos e até políticos», com «inegáveis repercussões na imagem das Forças Armadas».