As autoridades bolivianas evitaram a concretização de um atentado contra o presidente, o vice-presidente e outras destacadas figuras do governo do país. A informação foi confirmada pelo próprio Evo Morales, quinta-feira da semana passada, à chegada a Cumaná, na Venezuela, onde se iniciou a cimeira da Alternativa Bolivariana para as Américas.
«Não me equivoquei ao dizer que os dias de Evo Morales podiam estar contados. Os resultados da operação de hoje [16] coincidem com a informação preliminar que tínhamos a respeito deste grupo terrorista de mercenários europeus e bolivianos», disse o presidente citado pelo vermelho.org.br.
A respeito da tentativa de assassinato, o vice-presidente da Bolívia, Garcia Linera, precisou que, na madrugada de quinta-feira, a polícia abateu em Santa Cruz três dos suspeitos e deteve outros dois. Na operação foram ainda apreendidos documentos que provam que o grupo seguia há algum tempo as movimentações e aparições públicas de Evo Morales e de outros ministros do seu executivo. Foram também apreendidas armas automáticas e uma grande quantidade de explosivos, material alegadamente guardado para futuros atentados, revelou Linera.
Desvendados pela acção das forças policiais, ficaram igualmente os recentes atentados contra o cardeal Julio Terrazas, perpetrado na semana passada, e contra o vice-ministro para as Autonomias, Saúl Ávalos, levado a cabo no início deste mês.
Recorde-se que na terça-feira, dia 14, o parlamento de Bolívia votou favoravelmente a lei eleitoral transitória, diploma que rege o sufrágio a realizar no próximo mês de Dezembro. A oposição de direita mantém a objecção à lei.