Trabalhadores podem contar com o PCP

Unidade para alcançar vitórias

Num momento em que muitas empresas procuram aproveitar-se da crise para aumentar a exploração, o PCP apela aos trabalhadores para que se mantenham unidos em defesa dos seus direitos.

Deve-se aos trabalhadores e à sua luta a defesa da Bordalo Pinheiro

Os trabalhadores da Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro «com a sua unidade e luta determinada conseguiram vencer, garantindo a laboração da empresa e de todos os seus postos de trabalho». Esta é a opinião da Comissão Concelhia de Caldas da Rainha do Partido, que lembra a resistência dos trabalhadores em todo o processo que visava o encerramento da empresa – há cerca de um ano, a administração pressionou os trabalhadores a abandonarem a empresa; e há três meses, com a ameaça do não pagamento dos salários.
Para o PCP, foram os trabalhadores que salvaram a empresa, ao trazerem para a opinião pública as razões da sua luta e ao darem dimensão e projecção ao projecto de destruição do património cultural e artística que constitui a obra de Bordalo Pinheiro e ao trabalho de mais de uma centena de trabalhadores artistas. E foram também os trabalhadores que contactaram com os grupos parlamentares, pressionaram os ministros da Cultura e da Economia para que os recebessem... Por isso, acrescentam, quando o Governo se vangloria da compra da empresa pela Visabeira «procura aproveitar-se da luta dos trabalhadores».
Apesar desta vitória, os comunistas apelam aos trabalhadores para que não baixem os braços nem abandonem a vigilância. A experiência recente revela que «só com uma organização sindical forte e a unidade dos trabalhadores é possível manter a empresa e os postos de trabalho, defender os direitos e a produção nacional».

Contra «expedientes» na Yazaki

Os comunistas de Ovar estão contra a implementação do lay-off na Yazaki Saltano. Num comunicado recentemente distribuído aos trabalhadores, a Comissão Concelhia do Partido realça que «com mais este expediente, a Yazaki consegue a proeza de, simultaneamente, pôr os trabalhadores em casa à disposição da empresa com o seu salário reduzido em 30 por cento; pagar apenas um terço desta chamada compensação distributiva e pôr a Segurança Social a pagar os restantes dois terços». Desta forma, acusa o PCP, «os descontos feitos pelos trabalhadores da Yazaki ao longo dos anos que vão direitinhos para os bolsos do patrão».
Os comunistas consideram ainda que o Governo tem que assumir as suas responsabilidades nestes casos - «não basta dar milhões à banca e distribuir apoios e subsídios a empresas que sistematicamente despedem trabalhadores.» Para o PCP, é preciso prevenir, impedir e, em último caso, fiscalizar estes processos de lay-off. No comunicado, os comunistas lembram que a Yazaki acumulou ao longo dos anos «dezenas de milhões de euros de lucros» alcançados à custa dos trabalhadores e, também, das ajudas públicas. Apesar disto, empresa iniciou um processo de deslocalização da produção para outros países despedindo milhares de trabalhadores: dos mais de 7000 trabalhadores que chegou a empregar na década de noventa, restam hoje menos de 1400.

Pôr travão à exploração

O PCP esteve, esta segunda-feira, a contactar com motoristas de mercadorias na fronteira de Vilar Formoso. O PCP, que esteve representado por dirigentes nacionais e regionais e pelo deputado Bruno Dias, informou da sua actividade institucional em defesa destes profissionais.
Foi recentemente aprovada pelo Parlamento Europeu uma proposta do PCP que prevê o pagamento do «tempo de disponibilidade» como tempo de trabalho e, na Assembleia da República, foi apresentado um projecto de lei que corrigiria a injustiça actualmente existente, que leva a que motoristas que aos 65 anos ficam impedidos de exercer a sua actividade profissional fiquem limitados na sua reforma.
Mas a mensagem fundamental que o PCP transmitiu foi de confiança: de que é possível pôr um travão à crescente exploração no sector. A luta e o voto são duas das armas que os trabalhadores possuem.


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