Oposição toma o poder
O líder da oposição malgaxe, Andry Rajoelina, ocupou o palácio presidencial. O presidente, Marc Ravalomanana, não pretende abdicar, mas a falta de apoio deve forçar a decisão.
Milhares exigiram nos últimos dois meses a queda do governo
Terça-feira, Rajoelina entrou na sede do governo de Madagáscar acompanhado pelos militares que, na noite anterior, haviam tomado de assalto o edifício. O presidente da Câmara de Antananarivo chegou ao local depois de discursar em mais um comício na praça 13 de Maio, no centro da capital, donde saudou a iniciativa do exército, rejeitou a proposta de realização de uma consulta popular para resolver a crise política e institucional, e reiterou a exigência de detenção do chefe de Estado.
Ravalomanana rejeita abandonar o cargo para o qual foi eleito e mantém-se acantonado num outro palácio nos arredores da principal cidade do país. Do seu lado, permanecem a guarda presidencial e o vice-almirante e ministro da Defesa Mamy Ranaivoniarivo, que após o golpe manifestou a sua fidelidade ao presidente e pediu aos insurrectos que regressem à disciplina castrense.
Mas o presidente parece não ter condições para continuar. Milhares de pessoas exigem em grandes concentrações de massas a sua demissão e a repressão que se vem abatendo sobre os manifestantes avolumou o descontentamento popular. Os militares revoltosos são comandados pelo coronel Andre Ndrianarijaona, proclamado chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Amadas, sexta-feira, dia 13, gozando do apoio da maioria dos seus pares nas forças armadas e na polícia. Ndrianarijaona declarou imediatamente o seu apoio incondicional a Rajoelina.
Acresce que vários dos ministros e vice-ministros que até agora acompanharam Ravalomanana mostram-se desfavoráveis ao prolongamento do braço-de-ferro com a oposição, isto depois de Ndrianarijaona ter frisado que a tomada do palácio presidencial era «o último aviso» ao presidente e ao seu governo.
Desde Janeiro que a ilha se encontra mergulhada num grave crise. Cerca de 140 pessoas já morreram e centenas resultaram feridas nos confrontos com as autoridades. Os partidários de Rajoerlina acusam o governo de autoritarismo, peculato, violação da Constituição e de vender o país aos interesses estrangeiros. Desde 2002, quando Ravalomanana tomou o poder, a pobreza alastrou em Madagáscar, situação que o «governo sombra» de Rajoelina diz ser possível inverter. A oposição pretende ainda convocar eleições gerais no prazo máximo de dois anos.
Ravalomanana rejeita abandonar o cargo para o qual foi eleito e mantém-se acantonado num outro palácio nos arredores da principal cidade do país. Do seu lado, permanecem a guarda presidencial e o vice-almirante e ministro da Defesa Mamy Ranaivoniarivo, que após o golpe manifestou a sua fidelidade ao presidente e pediu aos insurrectos que regressem à disciplina castrense.
Mas o presidente parece não ter condições para continuar. Milhares de pessoas exigem em grandes concentrações de massas a sua demissão e a repressão que se vem abatendo sobre os manifestantes avolumou o descontentamento popular. Os militares revoltosos são comandados pelo coronel Andre Ndrianarijaona, proclamado chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Amadas, sexta-feira, dia 13, gozando do apoio da maioria dos seus pares nas forças armadas e na polícia. Ndrianarijaona declarou imediatamente o seu apoio incondicional a Rajoelina.
Acresce que vários dos ministros e vice-ministros que até agora acompanharam Ravalomanana mostram-se desfavoráveis ao prolongamento do braço-de-ferro com a oposição, isto depois de Ndrianarijaona ter frisado que a tomada do palácio presidencial era «o último aviso» ao presidente e ao seu governo.
Desde Janeiro que a ilha se encontra mergulhada num grave crise. Cerca de 140 pessoas já morreram e centenas resultaram feridas nos confrontos com as autoridades. Os partidários de Rajoerlina acusam o governo de autoritarismo, peculato, violação da Constituição e de vender o país aos interesses estrangeiros. Desde 2002, quando Ravalomanana tomou o poder, a pobreza alastrou em Madagáscar, situação que o «governo sombra» de Rajoelina diz ser possível inverter. A oposição pretende ainda convocar eleições gerais no prazo máximo de dois anos.