Contradições por esclarecer
O PCP requereu faz hoje oito dias a presença urgente do ministro dos Negócios Estrangeiros no Parlamento para que este preste esclarecimentos sobre as «profundas contradições» que enformam o seu discurso no caso dos voos da CIA.
«Há profundas contradições do ministro acerca dos voos da CIA», assinala o deputado comunista Jorge Machado, lembrando que Luís Amado sempre afirmou desconhecer «qualquer ilegalidade cometida no nosso espaço aéreo» ou a passagem por Portugal de prisioneiros ilegalmente detidos.
O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros afirmara na passada semana (dia 25) que as informações transmitidas pela Procuradoria-Geral da República à defesa de Binyam Mohamed (prisioneiro que esteve em Guantánamo e que terá sido para aí transportado em avião que fez escala no Porto em 14 de Setembro de 2002) já eram conhecidas e foram fornecidas à PGR pelo seu Ministério.
«A notícia não tem nenhum elemento novo. Todos os elementos de informação que a notícia refere foram fornecidos pelo MNE à Procuradoria no âmbito das relações estreitas de cooperação entre o MNE - e o Governo - e a Procuradoria no processo de investigação em curso», disse.
Amado aludia à notícia, publicada no mesmo dia pelo DN, de que documentos fornecidos pela Procuradoria-Geral à organização não-governamental britânica Reprieve, encarregada da defesa jurídica de Binyam Mohamed, terão ajudado à libertação do etíope, preso pelos Estados Unidos desde 2002 por suspeita de terrorismo.
Ora perante tais afirmações do governante, na perspectiva de Jorge Machado, não pode deixar de concluir-se que o Ministério dos Negócios estrangeiros «conhecia não só o voo como também a presença de um prisioneiro nesse voo». O que não joga com repetidas afirmações feitas pelo ministro na Assembleia da República negando conhecer qualquer informação sobre a passagem pelo nosso País de prisioneiros ilegalmente detidos.
Daí que o deputado do PCP, constatando a «contradição óbvia» nas declarações de Luís Amado, defenda a sua presença urgente no Parlamento para «prestar os esclarecimentos necessários sobre a matéria».
O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros afirmara na passada semana (dia 25) que as informações transmitidas pela Procuradoria-Geral da República à defesa de Binyam Mohamed (prisioneiro que esteve em Guantánamo e que terá sido para aí transportado em avião que fez escala no Porto em 14 de Setembro de 2002) já eram conhecidas e foram fornecidas à PGR pelo seu Ministério.
«A notícia não tem nenhum elemento novo. Todos os elementos de informação que a notícia refere foram fornecidos pelo MNE à Procuradoria no âmbito das relações estreitas de cooperação entre o MNE - e o Governo - e a Procuradoria no processo de investigação em curso», disse.
Amado aludia à notícia, publicada no mesmo dia pelo DN, de que documentos fornecidos pela Procuradoria-Geral à organização não-governamental britânica Reprieve, encarregada da defesa jurídica de Binyam Mohamed, terão ajudado à libertação do etíope, preso pelos Estados Unidos desde 2002 por suspeita de terrorismo.
Ora perante tais afirmações do governante, na perspectiva de Jorge Machado, não pode deixar de concluir-se que o Ministério dos Negócios estrangeiros «conhecia não só o voo como também a presença de um prisioneiro nesse voo». O que não joga com repetidas afirmações feitas pelo ministro na Assembleia da República negando conhecer qualquer informação sobre a passagem pelo nosso País de prisioneiros ilegalmente detidos.
Daí que o deputado do PCP, constatando a «contradição óbvia» nas declarações de Luís Amado, defenda a sua presença urgente no Parlamento para «prestar os esclarecimentos necessários sobre a matéria».